Suspeito Tradicional

Rapper Gregory

  • 																					Eu causo pânico, espanto
    será meu estilo meus panos
    O problema nas portas do banco
    quando eu passo é mecânico
    Travam, me param, me cercam, e eu ouço no rádio
    Pior que é preto igual a mim o segurança do mercado
    E ele me olha, observa, vê se eu não mexo em nada
    Se eu pego o celular na mão, isso pra ele é uma arma
    A pm, foi acionada, de prontidão a minha espera
    "Suspeito tradicional" tatuado preto e careca
    Atraio olhares com medo não importa o que faça jão
    O que importa é minha raça ou então
    Minha conta bancária em vão
    Vão morrer, mais não vão me ver abaixar a cabeça
    Espero que vocês entendam que isso não
    É arrogância é resistência
    Eu jogo as cartas na mesa
    o que que vocês querem de mim
    Pode vim, vou resistir vai por mim, não vou cai
    Aprendi que quem carrega honra e a verdade consigo
    É muito mais superior do que qualquer inimigo

    Eu sou do bem eu não sou fora da lei
    Mais a vontade agora é de matar alguém
    Talvez seja essa noite, talvez eu nunca faça
    É bom você saber que a sua maldade vai e volta de graça

    É só o conto de um garoto periférico
    Que viu no crime um alto valor numérico
    E não caiu em tentação, correto no mundão
    Ser julgado e condenado pela cor da pele irmão
    É o que acontece

    É o que acontece e antes fosse só comigo
    Me dói no coração ver meu povo oprimido
    Eu não incito os excluídos eu os instruo os meus queridos
    Pra que não sejam humilhados nas ruas
    Ou nos programas de domingo
    E que não durmão no trilho já que o trem vem ai
    E levem sempre consigo martin, malcon, zumbi
    Por ai eu vejo gente mal intencionada
    Por trás de uniformes, fardas, ternos e gravatas
    Pode se que eu guarde mágoas dos tempos tenebrosos
    É que eu sei, que pra eu anda de cabeça
    Erguida morreram vários nossos
    E eu não aceito sua esmola e nem invejo a sua riqueza
    Acima de nóis só Deus, então vê se me respeita
    Porque aqui corre o sangue que atravessou os mares
    Sobreviveu a massacres, de barro fez seus lares
    Tambores estralem novamente, como antigamente
    Pra mostrar que hoje eles usam algemas em vez de correntes

    Eu sou do bem eu não sou fora da lei
    Mais a vontade agora é de matar alguém
    Talvez seja essa noite, talvez eu nunca faça
    É bom você saber que a sua maldade vai e volta de graça

    É só o conto de um garoto periférico
    Que viu no crime um alto valor numérico
    E não caiu em tentação, correto no mundão
    Ser julgado e condenado pela cor da pele irmão
    É o que acontece

Letra enviada por Playlists do Vagalume

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