Filha da puta plantou dor agora vai colher maldade Eu vou cobrar de quem promove a desigualdade Colete a prova de bala não vai te proteger Na trincheira do capital tem que matar pra não morrer!
Direto do campo minado sem história bonita tô na trincheira e aqui é impossível ser pacifista Não vi na rima atalho pra lucrar com a desgraça fiz de cada palavra munição e dos meu versos uma arma
Cuzão hipócrita que diz que meu Rap é violento Nunca viu a mãe chorar com o dono da casa pedindo despejo Nem se quer sabe como é Com 7 anos pra ajudar na renda da goma vender picolé
Menor não nasce ladrão nem patrão de biqueira Mas a redução da idade penal é o sonho da elite brasileira É foda ter que ver que o combate do estado a violência se resume em equipar policia de. 40
Ao invés de prevenir com projetos benéficos Tirando do nosso itinerário as gavetas do necrotério Já que não pensa em prevenir vão ter que remediar Colete a prova de bala, Carro blindado. Cenário de guerra!
Político podre aqui é mato, não importa a sigla partidária A única coisa que os diferencia é o número da conta bancária Suas promessas ilusórias causam a desgraça social Vêem nas quebradas marionetes, só outro curral eleitoral
Sem 3 refeições diárias quero te ver falar de amor Sem casa digna, um trampo, sobrevivendo de favor Enquanto a desigualdade hereditária atingir os meus iguais As rimas são no puro ódio sem a utópica paz
Filha da puta plantou dor agora vai colher maldade Eu vou cobrar de quem promove a desigualdade Colete a prova de bala não vai te proteger Na trincheira do capital tem que matar pra não morrer!
O pesadelo do doutor é o Rafael instruído Que através da Cultura Marginal abre os olhos do excluído Pra que não venha ser mais um fantoche alvejado pelo superávit alienador que atinge os becos e os barracos
Seu açoite opressor, teve um efeito colateral Alimentando meu ódio contra o regime serviçal Não me comovo com a vaca rica chorando na televisão Mas com o tio fedendo a cachaça que pede esmola e dorme no chão
O odor de corpo não sai da sua mão nem com a fragrância mais cara Na hora do assalto pra mim a vítima é o mano que te aponta uma arma Pois caiu na sua armadilha inescrupulosa Aqui o Rico mata o pobre sem sujar a mão de pólvora
Não vou cantar pornografia pra sua filha dançar É que Deus me deu um dom e é revolucionar Mas o sistema esqueirou almejando nosso regresso Só que ao invés de sucesso resolvemos fazer protesto
Pra não ver no terreno moleque espancado pela polícia Mas com o diploma da faculdade driblando a estatística Pode ligar e ameaçar mas enquanto eu tiver vivo O verso prossegue contundente e os atos subversivos
Filha da puta plantou dor agora vai colher maldade Eu vou cobrar de quem promove a desigualdade Colete a prova de bala não vai te proteger Na trincheira do capital tem que matar pra não morrer!