Rafael Raciocínio Tático
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Nas Trincheiras do Capital

Rafael Raciocínio Tático

Relatando os Fatos


Filha da puta plantou dor agora vai colher maldade
Eu vou cobrar de quem promove a desigualdade
Colete a prova de bala não vai te proteger
Na trincheira do capital tem que matar pra não morrer!

Direto do campo minado sem história bonita
tô na trincheira e aqui é impossível ser pacifista
Não vi na rima atalho pra lucrar com a desgraça
fiz de cada palavra munição e dos meu versos uma arma

Cuzão hipócrita que diz que meu Rap é violento
Nunca viu a mãe chorar com o dono da casa pedindo
despejo
Nem se quer sabe como é
Com 7 anos pra ajudar na renda da goma vender picolé

Menor não nasce ladrão nem patrão de biqueira
Mas a redução da idade penal é o sonho da elite brasileira
É foda ter que ver que o combate do estado a violência
se resume em equipar policia de. 40

Ao invés de prevenir com projetos benéficos
Tirando do nosso itinerário as gavetas do necrotério
Já que não pensa em prevenir vão ter que remediar
Colete a prova de bala, Carro blindado. Cenário de guerra!

Político podre aqui é mato, não importa a sigla partidária
A única coisa que os diferencia é o número da conta
bancária
Suas promessas ilusórias causam a desgraça social
Vêem nas quebradas marionetes, só outro curral eleitoral

Sem 3 refeições diárias quero te ver falar de amor
Sem casa digna, um trampo, sobrevivendo de favor
Enquanto a desigualdade hereditária atingir os meus iguais
As rimas são no puro ódio sem a utópica paz

Filha da puta plantou dor agora vai colher maldade
Eu vou cobrar de quem promove a desigualdade
Colete a prova de bala não vai te proteger
Na trincheira do capital tem que matar pra não morrer!

O pesadelo do doutor é o Rafael instruído
Que através da Cultura Marginal abre os olhos do excluído
Pra que não venha ser mais um fantoche alvejado
pelo superávit alienador que atinge os becos e os barracos

Seu açoite opressor, teve um efeito colateral
Alimentando meu ódio contra o regime serviçal
Não me comovo com a vaca rica chorando na televisão
Mas com o tio fedendo a cachaça que pede esmola e
dorme no chão

O odor de corpo não sai da sua mão nem com a fragrância
mais cara
Na hora do assalto pra mim a vítima é o mano que te
aponta uma arma
Pois caiu na sua armadilha inescrupulosa
Aqui o Rico mata o pobre sem sujar a mão de pólvora

Não vou cantar pornografia pra sua filha dançar
É que Deus me deu um dom e é revolucionar
Mas o sistema esqueirou almejando nosso regresso
Só que ao invés de sucesso resolvemos fazer protesto

Pra não ver no terreno moleque espancado pela polícia
Mas com o diploma da faculdade driblando a estatística
Pode ligar e ameaçar mas enquanto eu tiver vivo
O verso prossegue contundente e os atos subversivos

Filha da puta plantou dor agora vai colher maldade
Eu vou cobrar de quem promove a desigualdade
Colete a prova de bala não vai te proteger
Na trincheira do capital tem que matar pra não morrer!

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