Sinto meus ossos saindo da carne Vejo destroços em meio ao esgoto Acordo frio suado e com nojo Do pesadelo nessa a tempestade Medo, incerteza e incapacidade E tudo isso é só o começo do pesadelo
É o começo, começo do ataque
E fico horas me olhando no espelho Vejo um estranho dizendo a verdade Daí um pouco entro em desespero Sobre o meu sangue fico de joelhos Tudo o que eu quero é apenas gritar Chamando as sombras que vão me levar Pra onde eu não quero ir
É o começo, começo do ataque
Fecho o portão e messo a parede São sete palmos do teto ao chão Perpetuamente sete anos de azar Pra cada um dos espelhos Que acabei de quebrar As sete cores do arco íris A vela acesa até o sétimo dia da semana Com sete crimes e esse capital Vou me proteger do mal Quando o juízo final chegar
É o começo, começo do ataque
Ouvindo vozes vindas da parede Gritos ferozes de quem esta ausente O ataque é forte me atinge na nuca É o começo do sétimo ataque
E só me resta o direito da fuga E vejo a fuga no suicídio Esse é o ensino passado Mal interpretado que é sua herança Na gestação os sinos de alerta Que aquela pobre donzela deitada, imune Concebeu do ódio, estrume A rejeição e sua sentença Cumpre em vida sua pena Que não é leve Carregue um terço do peso de tudo D mudo, o sétimo Que 666 a imperfeição Nem se comprara ao perfeito O numero eleito, o sétimo O último delírio, o único crime Contra a sua própria vida Esquecida, jazida em fogo brando Para sempre, eternamente calada