Primavera Nacional

Sound5 Parte 2

Primavera Nacional


[Átila]
Se seus amigo é bolsonazi cê não tá com um dos meus
Verso bomba se afaste senão taco um dos meus
Bolsonazi vai lutar com som meus
Aceita que perdeu
E pelo estrago vão notar que são meus

Vários estresses que passo na vida
Mano aqui preto não envelhece. Quer falar de vida?
Quer armada a população? Uma solução tão boa
Quanto dar um gps pra bala perdida

Cês quer um preto robô do sistema
Caso contrário pra vocês não passo de mais um preto que roubou do sistema
Tenho horror desses tema, cé loko
Quero internet, vídeo cassete e uns carro louco

Eles tão de boa no carro
Os nosso apertado no trem
Brigando pelo espaço
Que o sistema não deu
Eu ralo igual João de barro
Tratado igual João ninguém
Cês dão de João sem braço
Cínico igual João de Deus

Não vou parar porque eu sei bem que a minha causa é justa
Não vou parar porque eu sei bem quanto me custa a pausa
Mano o sistema te aperta mais q calça justa
E se tu desistir a vida vai te demitir por justa causa
[Siloque]
Toma essa pedra, esse soco seco!
Um coração em greve nesse frouxo sentimento
Falta paz na Terra, era da falta de respeito
Não exigiram muito, mas ninguém entendeu direito

Antes da chegada, visita indesejada
Aperta essa descarga, abaixa a tampa da privada
Pra vida travada por falta de escolha
O mundo é detenção, é prisão, ilusão, e é uma bolha

Tem acontecido, respiro ar poluído, nesse poema doído feito a vida
feito às pressas, em remessas, como flechas no ouvido
Um nativo anti-nazi, que põe veneno nas frase e transforma em shuriken

Luzes de mercúrio distorcendo esse veludo que é sua pele, e quem vê tudo, que cancele o que te faz refém
Vim daquela escola, de mente independente. De gente que recusa ser assim obediente

Pensamento encarcerado nunca filtra a podridão
Não reflete e compromete as faculdades da visão
O momento é agora, e nossa rima essa missão
A mim compete, conte mais um na contenção, irmãos!

[Mizote]
A causa é por nós
Não pela burguesia que agrega maldade, ódio e desunião
É a mesma raça que joga fuzil no morro pra depois fala que bandido bom é bandido no caixão

Cês fede ignorância, ganância, segregação
Atualidade mó função
Prenderam Braga, mataram Marielle
Cês arrasta, é bico treme, ghetto ferve
Entre tráfico ácido e red

Seu presidente é machista, racista defende quem?
O alvo da bala é minha gente
Pro cês tá bem, cês roubaram até nosso ouro, mas nunca
Nunca que cês vão roubar nossa mente

Eu quero ver quando a. 50 estralar lá em cima
Se sobra algum lóki e suas doutrinas
Suas leis, cês cagaram em cima
Marginalizaram nosso ódio, simbolizaram nossas vidas

Numeraram cabeças tipo gado pra matar com aval do estado
Quem manda na polícia é quem financia o tráfico
Cês acha que tá bom?
Imagina agora que cês tão gritando mito pro diabo

[Inokoshi]
Horas passam digo "tic"
O relogio me diz "tac"
Sempre ouço "o foda ta la"
Algo sempre me diz "ta aqui"

Respeito é distaque
Inglório e bastardo
É fogo no eagles nest
É o rap, é a peste, é a praga, é a leste

Tela preta no sistema
Pode me chamar Hacker
Nós segue resistência naipe do black panther
Burguesia passa pano bem melhor black and decker

O boy me olho torto
Porra
Tá de marra
Fantasia de quebrada
Tipo
Força a barra
Vê os quebra se afundando
Tipo
Tira sarro
Aqui ninguém tem facul paga
Os menor cheira e sarra

Pausa pra respiração (Ei)
Pausa pra inspiração (Ei)
Se eu fosse o bagulhão
Cê pó pa que eu flipava até o fim desse som (Ei)

Foda se seu lean no copo
Focado na saga pra não viver de "tentei"
Governo nunca nos poupou
1 minuto pra cobrar tambem não poupei (pey)

Trap cala
É sem mala
Fala
Pelo certo
Pra ganhar nós rala

Porra pensa quantos foi pra vala
Verme para
Pera
Pala
É bala

Complicado isso
Chega roba brisa
Pensa nesses coisa é

Robo feat
Só de 155
No Artigo do rap sound5 2

Desculpa a canseira
É que eu to cansado do que o mundo mostra
Primavera, Artefatos, Mizote, Siloque
Então foca na aposta
É o corre das

No bonde só tem vira lata
Linha de frente, sem faca nas costa
Quero se foda aquele que não que não gosta
Mogimirianos, Rap bom por bosta

[Arthur]
Tão Falando tanto
O bagulho ta loco
Se é nois no bagulho
Aceite sua loucura
Tão falando tanto
O bagulho ta loco
Se é nois no bagulho
Aceite sua Cultura
Tão Falando tanto
O bagulho ta loco
Se é nois no bagulho
Aceite sua loucura
Tão falando tanto
Que nois é os loco
Malandro e loco
da Contra cultura!

Naufraguei no meio do sei e do que acho
Não fraguei o medo, fraguei o cansaço
No olhar de quem desde os onze é parado
Por verme estalado, revolver sacado
E é: "Mão na cabeça, neguim ta ferrado! "
"Caiu pra você pé vermelho desgraçado! "
Um menor magrelo com zoio esbugalhado
Sem flagrante, mas podia ser forjado

Cada verso é fato
Cadáveres são fétidos
Cada vez que verso
recolho meus cacos
cada verso é um feto
cada feto é um universo
que a afeta o universo
e também é afetado
com a falta de afeto
e o fixo fardo
de ser enquadrado, julgado e jogado
socialmente ele foi abortado
Se o aborto é ilegal, pra nascer mais escravo

Capital copita os capaz, tornando incapaz
De entende o jogo do estado
Um beck, um corote, um lança
Te lança no pó, e as paulada não é mais no gato!

O mal coabita com nois os espaço da quebra
onde vários é nascido e criado
Com o olhar amargo de quem luto pela terra
ainda tem que se humilhar por salário

Plantando colhendo e aprendendo
Tio Toni falou: "A terra não tem feriado"
Eu espero o melhor, preparo pro pior
e o que vier eu encaro!
Como disse meu pai
Espere o melhor, prepare pro pior
E o que vier eu encaro!

Composição: Átila Silva, Siloque, Mizote, Inokoshi, Arthur Silva

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