Primavera Nacional

Onísé

Primavera Nacional


[Arthur]
Tava com mil fita na mente
A lata com massa nas costas
Dor nas junta e de repente
Vem o patrão me fala bosta
Cãibra é recorrente
E lentidão patrão não gosta
Minha fam? lia tem fome
Então eu corro nessa opressão imposta
Olha a sua volta e veja o que te consome
Como e some e se some não soma então tome
Otário sem conduta larga o filho pra fome
Sem atitude de mina, de mona, ou de homem
Constantemente a mente mente
E a gente se acha feliz
Constantemente eu vejo a gente
Achar que as mina é meretriz
E agora veja é recorrente
O cê olha pro seu nariz
Não olha pra frente e ver que as mina
Morre e vive por um triz
Com o estado matando os moleque
Que estão no corre pra poder ter o pão
Mães choram de maio a maio chacinas
Controles de população
Massacres presidiários
Não são como estão na televisão
O estado prepara cenário precário
E planeja privatização
Pro sistema que me pari
Eu sou um feto deformado
Que não deu lucro, então manda
Me mata num enquadro
E se fosse só minha morte
Eu tava até menos bolado
Ele mandou matar
Todos neguim emporado
Mataram uns moleque chave
Uns vida loka também
La fora mãe chora agora
Sabendo que do crime seu filho é refém
E quando eu lembro, nossa senhora
Meu peito chora
Porém se alguém me pergunta lá fora
Vou dizer que tô bem!

Composição: Arthur Silva

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