Ponteiro e Ponteado
Página inicial > P > Ponteiro e Ponteado > O Filho do Bilheteiro

O Filho do Bilheteiro

Ponteiro e Ponteado


Igual a muitos
Sem profissão definida
Um homem ganhava a vida
No comércio popular

Ele vendia
Bilhetes de loteria
E assim se defendia
Pra família sustentar

Porém o pouco
Dinheirinho que ganhava
Às vezes mal chegava
Pra farmácia custear

Pois seu filhinho
Na humildade de um casebre
Ardia em febre
Com a morte a lhe rondar

("Bilheteiro!
Olha sorte grande
É macaco, é cobra, é pra hoje
Comprem o bilhete
Bilheteiro! ")

Naquele dia
O macaco e a cobra
Foram bilhetes de sobra
Que o coitado não vendeu

Que noite triste
Cheia de dor e de tédio
Não deu pra comprar o remédio
E o seu filho morreu

Mas os bilhetes
Que ficaram encalhados
Foram mesmo premiados
Por capricho do fadário

E o bilheteiro
Que foi feliz num casebre
Deixou de ser pobre alegre
Pra ser triste milionário

Hoje ele chora
Relembrando o filho morto
E maldiz todo o conforto
Que chegou muito atrasado

De nada vale
Esta riqueza maldita
Se ela não ressuscita
O seu filhinho adorado

Hoje ele chora
Relembrando o filho morto
E maldiz todo o conforto
Que chegou muito atrasado

De nada vale
Esta riqueza maldita
Se ela não ressuscita
O seu filhinho adorado

Composição: José Ferreira, Ponteado

Letra enviada por Pedro Paulo Mariano

Encontrou algum erro na letra? Por favor, envie uma correção >

Compartilhe
esta música

Ouça estações relacionadas a Ponteiro e Ponteado no Vagalume.FM
ESTAÇÕES