Poeta Márcio Ricardo

Ládo Grajaú

Poeta Márcio Ricardo


[Refrão]
O Grajaú é a terra santa
Quem tem amor planta
Sorriso pra viver

Santo solto na quebrada
Poesia declamada
Para outro ser

Grajaú, batuque dos busão
História de irmãos
Centro do seu ser

Belmira ladeira de poesia
Nas idas e vindas,
E vindas e idas
Em busca do prazer

Talvez seja
Os campim de futebol
Ou as criançada
Na rua em pleno o sol

Ou talvez seja
Correndo e rindo na chuva
Pois sem o "tal" do dinheiro
Há um Deus que nos cuida

Existe aquela frase
Melhor rir que chorar
Pois a situação não é fácil
Vou te falar

(Então) Carro é pra alguns
Que tem salário digno
Já outros na prestação
Fazendo mó sacrifício

Na luta diária
Na correria mó tensa
Você passa por todos
Sem nem pedir licença

Com pressa e raiva
E naquela agonia
E ainda acha estranho
Se alguém te dá bom dia

Andei muito
Gastei minha sola
Quem nunca ouviu falar
Lá do circo escola?

A quebrada é grande
Sigo firme e rimo
O Grajaú é um labirinto
E cada um tem o seu destino

[Refrão]

O Grajaú é a terra santa
Quem tem amor planta
Sorriso pra viver

Santo solto na quebrada
Poesia declamada
Para outro ser

Grajaú, batuque dos busão
História de irmãos
Centro do seu ser

Belmira ladeira de poesia
Nas idas e vindas, e vindas e idas
Em busca do prazer

O Cristo na rua da feira
E o preconceito que exala
Entre a direita e a esquerda
Tem uma pá de ideia errada

E a Tv é uma fita
Que gira em um segundo
Cega, aliena
Suas ideias nesse mundo

Absurdo é as crianças
Ao relento e sem estudo
O Rap tá ligado e na ideia fortalece
Também tem o samba, um salve pra 27

Acordar todo dia
E ver que tudo passou
É uma ressurreição
Vinda do seu amor

Pensar no próximo
É muito mais do que negócio
É saber que tudo passa
Até mesmo o seu fracasso

Irmão
Porque tu chora tanto
Abre o seu coração
Pra mim saber qualé seu pranto

Pronto, eu to ligado
O que cê passa é infernal
Tenta se conter
Que tudo vira no final

Às vezes o melhor role
É uma conversa!

[Refrão]
O Grajaú é a terra santa
Quem tem amor planta
Sorriso pra viver

Santo solto na quebrada
Poesia declamada
Para outro ser

Grajaú, batuque dos busão
História de irmãos
Centro do seu ser

Belmira ladeira de poesia
Nas idas e vindas, e vindas e idas
Em busca do prazer

Tenho uma coisa
Séria pra falar
Cantei com o coração
Mas tava louco pra rimar

Toque de tambor
E eu na rima briso
Bumbos de amor
Banhado de sorrisos

Luz na quebrada
E quando um mano abre um livro
Ou descola um mic
É poesia pros ouvidos

Nietsche e Foucalt
Jogando xadrez
Referência na quebrada
Tem o Hyt e o Drezz

Nóis vive na corrida
E se chama nas vertentes
Da rima e poesia
Que desativa os pentes

Um só caminho
Pergaminho que é jogado
Pras menina e menino
Eu não desisto, eu to bolado

E quantos eventos
Nóis num já foi tirado
Por colar simplão
Usar chinelo e não ter carro

(Vou) Vou falar pro cês
É grande a zona sul
Respeito todas as quebradas
Mas eu amo o Grajaú

[Refrão]

O Grajaú é a terra santa
Quem tem amor planta
Sorriso pra viver

Santo solto na quebrada
Poesia declamada
Para outro ser

Grajaú, batuque dos busão
História de irmãos
Centro do seu ser

Belmira ladeira de poesia
Nas idas e vindas, e vindas e idas
Em busca do prazer

Óh a formiga já invejou
Muitos dinossauros
Nóis da quebrada respeita, valoriza e não tira o sarro

Do nordestino, do negro, do homossexual
E nem do moleque de rua
A poesia liberta
É a porta, o choro, e a fuga

Fique firmeza, pelo amor
Fique firmeza; um dia a dor passa

Muita luz

Nóis!

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