Enquanto a cobra te rouba de um jeito descarado/
Desviando seu imposto e destilando veneno/
Você só observa isso tudo parado/
Ao invés de fazer algo mesmo que fosse pequeno/

É tanta corrupção, escândalo recorrente/
Mas nós temos a reposta pra esse soco no queixo/
Marchar na contramão, contra corrente/
Sempre em frente, interrompendo o fluxo do eixo/

Pois agora não tem mais ditadura militar/
Nem censura com tortura pra tentar me limitar/
Então eu vou usar a minha voz como instrumento/
Nesse campo de batalha a minha arma é o pensamento/

Esse é o exército sem farda, o movimento sem partido/
A proposta é mudança e você foi escolhido/
Nadar contra corrente é complicado amigo/
Mas vai ser mais fácil se você vier nadar comigo/

"Eu vou mudar, vem com a gente/
Nadar contra corrente/"

Não é questão de opção, não, você é coagido/
E quem é inadequado merece ser corrigido/
Porém personagens perfeitos não me iludem/
Não mudo os meus conceitos os conceitos deles que mudem/

Enquanto o padrão não for algo relativo/
Errado é quem nega o enquadramento coletivo/
Taxado de estranho em meios homogêneos/
Mas a justiça do tempo mostra que estranhos são gênios/

Pois o pensamento da épouca não permite/
Que alguém que enxergue além ultrapasse o limite/
A mensagem é imite, use o mesmo uniforme/
Não se informe demais se conforme/

Pois enquanto você souber bem pouco/
Alguns poucos tão sabendo bastante/
O poder fica na mão desses poucos/
E as oportunidades permanecem distantes/

"Refrão"

Na ditadura a censura te obrigava a ficar mudo/
Liberdade de expressão quase foi assassinada/
Hoje em dia a liberdade é garantida pode se falar de tudo/
Mas ninguém quer falar nada/

O crime é organizado, mobilizado/
O povo continua imobilizado/
Eu não quero ficar a mercê do cenário/
Dominado por tanto engravatado mercenário/

No chão sobe a violência do céu cai um avião/
Na praça dos três poderes não tem mais pomba, só gavião/
É uma situação patética, publicitários voltados pra tática/
De pegar pessoas sem ética e transforma-las em pessoa simpática/

Utilizam-se da estética e também da matemática/
Pra botar no poder quem promete, mas nunca vai botar na prática/
Eu quero mudar o Brasil e quero saber se você também topa/
Tenho orgulho de ser brasileiro e não é só durante a copa/

"Refrão"