O sopro de vida que seca a ferida Que eu tinha na luta constante a saída Batendo de frente, com tias e tiras Que fazem eu gastar mais saliva Me deixa babando de ódio Cara bandida, sangue nos olhos Procuro a bandana perdida que lembra meus quinze Fins de semanas notórios Os anos voaram, meus planos vazaram Eu tô na cidade sem alma e sem cor Chicanos bolados, não são tão largados Como eram na época do meu avô Enganos somados, subiram e arrastaram Tudo ganhou asas menos eu Tô na gravidade e olha só na cidade Quem fala demais vai direto ao encontro de deus
Sem pensar no obvio, porque é obvio que eles pensam Eu tô tentando encontrar algum sócio viu, Que sem sócio tio, se não aguenta A salada mista, faz que se desista Por não saber em quem confiar Disparam racistas com bases sinistras Que fazem até seu cu arrepiar Não seja um turista, aprenda o caminho Antes de se pensar em colar Porque é facinho dos cara te da um sumiço Quando começar a ganhar Quando se se joga não vai mais voltar, Torce pro seu paraquedas não falhar Porque a ideia é quando tá naquele lugar Que se sente que devia estar
Eu quero, viver daqui pra frente em prol Do certo, do gueto, do quente. E o sol de inverno, que confundi a gente. Anda de terno e quilate no dente Eu quero eu quero passar detergente Na boca dos vermes que falam da gente Esqueçam modernos, não ganham presentes É rap, malandro, que sai dessa mente
É muita pala, jovem, para de meter a mala Fogem pra praia quando o bicho pega, seu botico trava Não nega que é só fogo de palha Você só falava, do zica brava O lobo mau vai soprar sua casa Não quis honrar o lugar onde estava Só fez cagada, cara,cuspiu palavras Ih não tem mais ideia, Tacou a pedra e o vaso de barro quebrou Agora senta na plateia, compra um cigarro E aprecia o show, falou? Meu flow, vai te dar um boi, Pra tu não dizer que se foi descoberto Pode ficar com lugar mais loco, certo? Que é pra você me ver mais de perto