Um tal de Severino cabra da peste foice, facão cortava cana no nordeste, calor do caralho tantas vezes passou mal trabalhava feito cão por misero real, uma pa de irmão sem nunhuma condição feito pai e mãe tudo ia se pião! Cidade grande seu sonho de menino, imigrante, retirante nordestino. Eu vou fazer mãe o que Tonho fez de tudo que gangá mando um pouco todo mês! Não tem jeito vai ter que ser assim por tudo por nós sempre até o fim! Ouça o seu pai menino o mundo engana não vi o dilúvio más pisei na lama, se vai atrás do Tonho cabrunco endiabrado dizem que matou fio de Zeca esfaqueado! Más teimando até o final, o que? Nem ouviu! Juntou tudo que tinha pois num saco, partiu. Tenho certeza que Deus vai me ajudar parto na tristesa mas um dia vou voltar!
Eu vou, mais eu vou voltar! Pode acrediar, um dia vou voltar! Eu vou, mais eu vou voltar! Hey! Seis tem que confiar! Eu vou, mais eu vou voltar! Na fé, no peito um patuá! Eu vou, mais eu vou voltar! Éh! Eu vou voltar!
Cavalo, pau de arara escolheu seu caminho pronto pra lutar seguindo seu destino. São Paulo Capital uma vida melhor, lugar feito esse aqui não existe pior: Acredito sei que vai dar certo um trabalho digno um salário honesto. Já longe na estrada quanta emoção verde , verde, ao contrário do sertão! Sonhando acordado olhando o horizonte três dias de viajem parece que foi ontem Estranho! O céu azul começou mudar uma névoa escura tomou seu lugar, multidão empurra, empurra desçeu no Tiête! Vixe quanta gente só vendo pra crê! Coração mil grau foi pedir informação: Endereço vou pra la Zona Sul Capão! Depois de algum tempo ele chegou rezei Padim Ciço me abençoou! Mas o tempo foi passando só pagando mico vez em quando uma mascate um bico.
Eu vou, mas eu vou voltar! Já era não posso fracassar! Eu vou, mais eu vou voltar! Tonho falou que é só saber chegar! Eu vou, mais eu vou voltar! Mãe eu tô bem, aí como é que tá? Eu vou, mais eu vou voltar! Eu vou voltar!
Por outro lado Tonho varias mina cheio de camarada, sempre com um sorriso estampado na cara, virava e mexia apresentava um plaquê! Aí Severino! tá precisando de que? Mostra pra que veio acha que é zoeira? Trampo que se quer negão? Vá pa biqueira! Mas antes que esqueça tá aqui um presente, que é bala na agulha e uma pa no pente! Se queria então! É aliado do patrão, vacilou sem boi, é finado malandrão. Na escola do crime se formou miua treta que viu não acreditou! Atento, ligeiro na mais pura malícia no acerto ou na bala depende da polícia! Certa ocasião um doido atravessou, Muito loco o puto me tirou! É só questão de tempo nãp vou pagar comédia! Pra pa pau! A primeira tragédia.
Eu vou, mais eu vou voltar! Que tá loco? Agora vou ficar! Eu vou, mais eu vou voltar! Que já era! Aqui é meu lugar! Eu vou, mais eu vou voltar! Aê Tonho vou te catar! Eu vou, mais eu vou voltar!
Então se liga Tonho sua cria foi em vão dizem por ai que ele quer ser patrão! Se aliou com os cara la no morro, Zé povo apavorado tá pedindo socorro! O que de nesse cabra eu não sei o que tem eu que dei o que sabe ensinei, mas tá firmão tô aramdo até os dente vamo vê quem é quem quando vir bater de frente! A hora é chegada não falta munição! Na calada jáz um Tonho do Capão! Morto, traído pelo propio irmão tudo que quis o que fez foi em vão! Só que Severino não sabia em plena luz do dia um disparo de onde vinha não se via, certeiro no peito foi fatal na mente a familia o canavial! Foi o filho do Tonho ali mesmo da favela! Quem é que sabia a mãe num dava guéla. Pobre Severino do que adiantou? Seu proprio sobrinho ainda moleque se vingou, agora qual será a sua trajetória com fama na favela conquistou sua glória... Mas a e... isso é uma outra história.