Sou da rua do Rio, sente o arrepio bateu calafrio, num clima sombrio pras letras que crio, não quero elogio antes de falar, me alerto e espio É foda alcançar um lugar sem ninguém pra te empurrar vários iam me escutar se meu pai fosse um marajá tô sem grana sem fama na trama minha gana me tira da cama minha mente é insana, se é Rap me chama, na rua ninguém ama Mentira que te esgana, fala fala e se difama por uma mina gostosa o amigo se explana Sobrevivo em meio a lama gladiando com os leões consciência na fluência, minha espada são os meus sons Condições tão adversas, vida vivida na corrida encontro um brado retumbante tão gritante na batida Entre fatos e relatos que relatam minha insônia não tem ar pra respirar, tacaram fogo na Amazônia Antigo escravo na colônia, essa é a verdadeira guerra o jogo não é de quem acerta, o jogo é de quem menos erra É tanto disse me disse, se tu ouvisse não ia falar são anos pra construir o que horas podem arruinar Não vale se equivocar, se errar vão te cobrar o valor de um gladiador é saber a hora de atacar As perguntas não mudam, os pela que grudam não ajudam os que crescem por ganância, por ganância se afundam Me olhe por inteiro e eu te digo quem tu és não farás minha cabeça e não enxergarás meus pés Meus guerreiros são fiéis, olhar firme espada e lança gladiadores undergrounds, detentores da esperança
GB
Não entro em qualquer batalha, com aliados lutei minha alma a espada retalha inimigos que eu derrotei E bem na minha cara vi coisas que não imaginava de traição a corrupção de irmão eu chamava Agora ele é o vilão detalha habilidades de caça atrás do cifrão mas não me rendo à tentação, entro no campo vejo horrores, amores, clamores Procuramos a paz mas é foda não sentir dores, faladores e seus rumores geradores de uma guerra entre gladiadores nessa terra Buscando uma tragédia eu crio a minha estratégia pronto plano formado, batendo o ponto sigo contando meu conto Tanta coisa não me agrada que eu fico até meio tonto mas se essa é a vida que escolhi pra mim, guerrear, batalhar, cantar Rap até o fim Se é assim que eu tenho que viver, meu sonho alcançar ou então me corromper tem vários pra atrasar e vários que eu nem vou ver A batalha é longa cansa, testa a competência não há lugar pra criança, a porrada estanca Em meio a beats e caixas pego minha lança e pela sobrevivência eu parto pra caça!