Pedro Ortaça
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Desdobrando Um Chamamé

Pedro Ortaça


Desdobrando Um Chamamé

Sentei minha garras no lombo d’um redomão pangaré
E me larguei prum fandango num galpão de Santa Fé
Já sai com uma potranca desdobrando um chamamé
Daqueles bem sacudido de frouxa o couro dos pé.

Eu sou do pampa gaúcho e a minha raça não nega
Aquela prenda lindaça vinha me dando uma esfrega
Por volta da meia noite parecia um pega-pega
Se aninhando no meu peito que nem perdiz nas macegas.

Um candeeiro fumacento na forqueta d’um esteio
Um piso socado a maio que parecia um espelho
Dancei de espora e de pala no cabo da faca o relho
E a bota cano comprido, puxada a riba do joelho.

Virava pra madrugada dei um cachê pra o gaiteiro
Mandei que tocasse um xote daqueles bem galponeiro
Fiz um convite pra prenda no meio do entrevero
Pra vir conhecer meu pago o meu torrão missioneiro.

Quando amanheceu o dia nós tava longe de lá
Unidos num só destino e o mundo pra nós tranquiar
No topo de uma coxilha vou vivendo a Deus dará
E a china enfeita o rancho com meia dúzia de piá.

por nelson de campos

Composição: Quide Grande / Ivan Escobar / Pedro Ortaça

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