Pedro Ortaça

Cantador

Pedro Ortaça


Eu sou um poço de versos,
Sou cachoeira, sou cacimba,
Sou ramagem que não cimbra
Por mais repleta de ninhos.
Sou canto de passarinho
No alumbramento da aurora,
%Eu sou a estrela da espora
Cantando pelos caminhos...%

Sou verso que sai a trote
Com franciscano desvelo,
Rimo “pelos cotovelos”
Quando o vento faz o mote
Meu canto não perde o norte
Pois – de guitarra ou de relho –
%Eu vou cantando parelho
Fazendo pouco da morte...%

Eu sou canário da terra
Que não cai em alçapão,
Sou outro galo de guerra
Que faz cantar esporão.
Assim vou narrando a saga
De um povo sobrevivente,
%Riscando à ponta de adaga
O passado no presente%

Por isso ninguém me cala
A teimosia do canto
E em balcão onde me planto
Qualquer gaita me regala...
E donde meu verso xucro
Tira ronda de a cavalo:
%A lua uiva nos cuscos
E o sol replica nos galos.%

Composição: Pedro Ortaça, Vande Darde

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