Pedrinho da Flor

Anjo Ateu

Pedrinho da Flor


Como podes dizer que não te amei
Se até minh'alma de mim se esvaiu
Se todo o amor por querer se imbuiu
No pranto que eu derramei
Como podes dizer que o culpado fui eu
Que recolhido ao meu apogeu não liguei
E o amor se perdeu e morreu

É, mas foi meu coração
Que sofreu avarias
Pois profanaste a sorte dos meu dias
Com profecias de algum anjo ateu

Agora vive a me criticar
Dizendo que o meu jeito de amar
É insensato e chega ser cruel
Só um cego pode acreditar
Pois quem viu chegou se irritar
De me ver querer tirar doce do fel
Porque já não trago seu sabor amargo
Faz sua judiaria dizendo que a ironia
Me venceu

Composição: Pedrinho da Flor; Ratinho; Zeca Pagodinho

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