Paullo Guimarães
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O Canto Dos Oprimidos

Paullo Guimarães


Derrubaram a muralha
e os planos de quem trabalha
mais uma vez a dor

Gritos agonizantes num porão
mais uma vez se ouvirão
e o que foi feito evaporou

Recados foram dados e não ouvidos
fomos pegos desprevenidos
é assim que eles trabalham a dor

É o fio da navalha
contra o fio da lã de malha
de quem se defende do agressor

E o sonho real nem se nota
com o pesadelo medonho de volta
é acordar mais uma vez na dor

Instituíram a desconstituição
deram a comenda aos sem perdão
só há poeira no que ficou

Um grito de alerta ecoou
a paz, já nem flerta mais com a dor
é a presa de volta à mão do opressor

destruíram um país
e com ele a saga do povo que diz
e tem "a certeza na frente e a história na mão"

O sonho de ser feliz
certamente não condiz
com a história velha e nova da nação

Rasgaram o livro das leis
se auto elegeram reis
passaram a ditar dor

nos transformaram, de novo, em escória
adulteraram a essência da história
em benefício do transgressor

Já foi celebrada uma vitória
por essa camada inglória
que num precipício se atirou

Como se pode promover a paz
se as manchetes dos nossos jornais
semeiam um ódio ditador

Não se comunga com o traidor
não se resmunga como um sofredor
se levanta a bandeira da reconstrução

não se abala com o que desabou
mesmo, se há bala contra o bem feitor
Não se tira de um povo uma nação!

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