Paulinho Moska
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Jardim do Silêncio

Paulinho Moska

Tudo Novo de Novo


Um automóvel segue cego
Pela estrada iluminada de sol
E o homem que está ao volante
Nem olha pra trás...
Aperta os olhos
Solta a fumaça e pensa:

Tudo se compõe, e se decompõe
Tudo se compõe, e se decompõe
Tudo se compõe, e se decompõe
Tudo se compõe, e se decompõe

A velocidade que emociona
É a mesma que mata
O sorriso antigo agora
É lágrima barata
A vida não pede licença
E muito menos desculpa
O perdão é que possibilita
O nascimento da culpa

E assim
Viajando pelo mundo sem fim
O silêncio planta seu jardim

Esse automóvel surge surdo
Pelo caminho abafado de som
E a mulher que escreve um poema
No banco de trás
Aperta os olhos
Solta a fumaça e pensa:

Tudo se compõe, e se decompõe
Tudo se compõe, e se decompõe
Tudo se compõe, e se decompõe
Tudo se compõe, e se decompõe

A velocidade que emociona
É a mesma que mata
O sorriso antigo agora
É lágrima barata
A vida não pede licença
E muito menos desculpa
O perdão é que possibilita
O nascimento da culpa

E assim
Viajando pelo mundo sem fim
O silêncio planta seu jardim

Composição: Moska

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