Papo Reto XII

Entropia

Papo Reto XII


[refrĂŁo]
Iguais a vocĂȘ, iguais a vocĂȘ
NĂŁo importa sexo, raça ou no que crĂȘ
Iguais a vocĂȘ

[Tom Poeta]
Um pastor alemĂŁo foi morder um judeu
Começou a confusão, olha só no que deu
Uma mulher negra sangrou
E morreu ao tentar separar
Seu sangue sĂł era compatĂ­vel ao de sua irmĂŁ
Que Ă© testemunha de jeovĂĄ
Um pai de santo
Filho de crente e neto de catĂłlico
Que Ă© casado com uma feminista
Do conselho apostĂłlico
Chamou um pm, que por sinal era crente
Que orou toda essa gente
Pra expelir o "cĂŁo do capeta" da frente
Um enfermeiro gay Ă  paisana
Tentou evitar o Ăłbito
Mas o pĂșblico nĂŁo deixou
Pois eram um bando de homofĂłbicos
PragmĂĄtico, pera um pouco
Pensa, para e analisa
Quem disse "odeio gays"
É o mesmo que veste a camisa da "mona 'lisa'"
Chegou a ambulĂąncia
E o paramédico não quis socorrer
Porque era muçulmano
Por ele o judeu iria morrer
Mas como o judeu diria
Deus socorre a quem pede
Foi socorrido a tempo pelo dono do cĂŁo
Que era um skinhead
O que acontece Ă© que os seres humanos
EstĂŁo sendo menos humanos
Pelo ódio às diferenças
EstĂŁo morrendo uns manos
Sociedade tende ao caos
Pois sĂŁo tĂŁo levianos
A diferença entre nós
É peça-chave do cotidiano
Estado de sĂ­tio
NĂŁo existe mais livre arbĂ­trio
O estado Ă© laico
Mas o pensamento ainda Ă© arcaico
Diferenças e falhas em nosso meio são normais
Mas somos carne, pele e osso
EntĂŁo somos todos iguais

[sy]
Ideologia para fugir da obediĂȘncia
Rebeldia Ă© consequĂȘncia
VĂĄrias crenças, divergĂȘncias
Pra formar suas essĂȘncias
Dando um nĂ­vel de excelĂȘncia
Pra vocĂȘ ser o que Ă©
EntĂŁo se Deus me deu a vida
Eu decoro como quiser
É diferente de gente
Que leva a fé como escolha
Mas tira capa da bĂ­blia
O conteĂșdo tĂĄ nas folhas
Alguns humanos
Que se prendem somente ao visual
Por isso nunca vamos bem
Mas sempre vamos menos mal
Vivo em meio a diferenças
Em meio a desperdĂ­cios
Aonde descriminam os gays
Associando eles a um bicho
Alternativos, contudo eles também são pessoas
A Ășnica diferença sĂŁo somente suas escolhas
Para pra pensar, trabalhe um pouco a mente
Maiores revolucionårios também eram diferentes
Não enxergue diversidade, um alvo de extinção
Diferenças extremas, ocasionam revolução
Evite o prejulgamento, que tudo vai florescer
Vejo pessoas que se odeiam
Antes mesmo de se conhecer
Se vocĂȘ tem um brilho, pessoas ficam em aviso
Se vocĂȘ chama a atenção, nĂŁo passa de exibido
Culpam tudo e todo mundo
Me chamam de vagabundo
Sinto pena de vocĂȘ, eu evoluo com isso tudo
Social, fictĂ­cio, real, mĂșltipla escolha
A real diferença, é como vemos as coisas

[renĂȘ]
O seu bom senso afunda o senso
Do que vocĂȘ acha melhor
É deplorável ver o mundo indo de mal a pior
O preconceito vai crescendo
Os valores vĂŁo se perdendo
E com o passar do tempo
VocĂȘ nĂŁo se reconhece mais
Sua mente jĂĄ estĂĄ poluĂ­da
É a descriminação
A sociedade insiste em querer criar um padrĂŁo
Se teu amor é cego, respeite as diferenças
Pois na vida
Todos nós constituímos nossas crenças
Cristianismo, judaĂ­smo, islamismo e budismo
Seja negro ou branco, rico ou pobre
Ou apto ao homossexualismo
Se meu chĂŁo Ă© certo ali me asseguro
Nas minhas vontades
E escolhas me torno seguro
O amor ao prĂłximo
Se torna a purificação do mundo
Apenas decida-se e desça do muro
Pois quem faz o fraco
E o covarde se ajoelhar
É o mesmo que um dia
Sua mĂŁo estendida irĂĄ necessitar

Composição: Tom Poeta, Sy, RenĂȘ

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