Eu boto fé
Eu vivo a esperança
E mando embora
Um saco cheio de tristeza
É que ao lembrar o peito não descansa
A gente fica com a memória presa
A nova dona me chamou pro samba
Pra conferir aquela bateria
Olhei pro lado e um rosto sorrindo
Benzadeus, que lindo, isso é poesia
Desatei o nó
Arrumei o lar
Porventura quiprocó
Cura pra recomeçar
Eu vou assim
Eu sirvo ao meu direito
De ter refeito
Um tal desejo de acolher
E do passado só tiro proveito
Do que me permite amadurecer
Estou comigo e não saio do lado
Quero sentir o som da cantoria
Eu vou pra quadra com todo gingado
Tocar meu repique sem ter agonia
Desatei o nó
Arrumei o lar
Porventura quiprocó
Cura pra recomeçar