O home sendo sortêro Ele canta, ele passeia Mas se é um casar sem fio Quarqué coisa remedeia
Veve alegre e satisfeito Por ter a barriga cheia Quando aumenta a criançada O garrão do tár moleia
Já dá de deitá mais cedo Regulando a sete e meia Pensando na fiarada E a muié ficando feia Quando chega nestes ponto É que o caboclo corcoveia
O home sendo casado Com os fio veve entretido Mas um dia ele se alembra Do seu tempo adivertido
Ele fala em ir na festa A muié põe no sentido Quando vai chegando a hora Ela apronta o seu vestido
Aprevine a criançada Vai e fala pro marido Você diz que vai na festa Só isso desenchavido Você vai eu também vou Ai nem que ronque pé do ouvido
Se o marido é violeiro É um causo complicado A muié chega na festa Tá com o beiço derrubado
Ele pega na viola As mocinhas estão de lado Uma fala, outra reclama Que pena ele ser casado
Ele canta um versinho Desses bem apimentado Que até as véia dão suspiro De alembrar dos seus passado E o corpinho das menina Ai dão quarenta requebrado
Ele canta um versinho Que agrada as moça sortêra A muié torce o nariz E na canela dá coceira
Vem pro lado do marido Quem nem vespa caçadêra Convida pra ir-se embora Tem que ir nem que não queira
Ele sai arreclamando É pela viage inteira Com as criança no cangote Cheio de bão pra gibeira E pra morde dos pecado Ai o bico da mamadeira