Paiozinho e Zé Tapera

Touro Selvagem

Paiozinho e Zé Tapera


Me criei lá em Mato Grosso
Pra lida tenho muita corage
Nunca achei boi que fosse valente
E comigo levasse vantage

Nesta lida de boiadeiro
Eu já tenho diversas passage
Eu arrecebi um chamado
E pra outro estado eu segui viage
Fui pegá um mestiço muito perigoso
E o nome do bicho é touro servage

A capricho por esta jornada
Eu comprei uma besta argentina
Ela é baia e descanelada
Batizei por nome Campolina

Ela corta dez légua por hora
No dobrar das verdes campina
Quatro ferradura de aço
E por onde eu passo o povo se inclina
Um laço trançado, um arreio chapeado
Segui a viage pro estado de Minas

Quando eu cheguei na fazenda
Muita gente tava me esperando
Me pedindo pra tomá cuidado
Porque a vida eu tava arriscando

Fui saindo lá pra invernada
Na baixada vi o touro pastando
Levantô a cabeça de repente
Como uma serpente já veio encontrando
Num desembaraço eu rodei o braço
Atirei o laço e já fui derrubando

Trouxe o bicho e fechei na mangueira
Pra mostrá que eu não perco viage
E na hora da minha chegada
Deram viva em minha homenage

E depois recebi muito abraço
Por eu ser um peão de corage
Eu ouvia o povo falando
Só um cuiabano faz essa vantage
Deixei o patrão e os seus camarada
E acabou a fama do touro servage

Composição: Paiozinho

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