Pablo Aquiles

Malungos

Pablo Aquiles


(Cafua cumba calundu)

Dentro do porão-prisão
todo o vai-e-vem retorcia um grilhão

Ceiva, não na embarcação
corte dos espíritos chamava à escuridão

Para cada um um inferno
isto foi nosso ramerrão, a navegação

Para cada um um inferno
a morte foi torta redenção
triste salvação

Malungos, mortos-vivos no Valongo
quem sobreviveu não venceu
o flagelo não, não, não

Banzo em seu ferrão
África saudade

Banzos aguilhão
Áfricas com tanto céu, tanta nação

(Cafua cumba calundu)

Noutro vil porão-prisão
o elo do libambo unia a dor a um novo irmão

Eiva, nova maldição
marca na epiderme, a ferro, vinha sem unção

Para cada um um inferno
isto foi nosso ramerrão, a escravidão

Para cada um um inferno
fuga foi morte ou salvação
morte ou salvação

Malungos, mortos-vivos no quilombo
quem tumbeiro e senzala venceu
traz n'alma um não, porão

Composição: Pablo Aquiles, Sílvio Neves

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