Um vinho sobre a mesa Uma caixa de cerveja Uma brasa já acesa para espantar a tristeza Um sorriso, um paraíso Descansando desarmado Preparado aliviado Inspirado idolatrado Com o violão no colo Dichavando sentimentos Um momento já sem medo Um sentido, um segredo Segregado, semeado Espalhado contra o vento Vejo o tempo que não para E um brilho ascendendo Ouço fatos mal contados Um relato acontecido De um tempo muito antigo e um ser desconhecido Que chegou e foi ferido Como povo oprimido Que é burro e distraído Desarmado e ofensivo Oferenda oferecida no alto da compadecida Se eu fosse essa massa Não seria digerida Lutaria até a morte Forte como os meus amigos Que hoje estão junto comigo Escutando o que eu digo:
Essa loucura de um louco De sorriso saturado Viajando viajado Se não fica espantado Se eu estiver embriagado Pelo menos tô vivendo Para morte estou correndo Como todos que estou vendo Nem por isso eu fico triste Meu sorriso só se alarga Pois esta figura magra É um ser que vive amando Andando e perambulando O cantar é o meu vício E talvez seja por isso que hoje estou cantando (2x)