Oswaldo Montenegro
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A Dama do Lugar Comum

Oswaldo Montenegro


Era como anúncio de shampoo
Era vitrine como submersa luminosidade de cristal
Ela entrou no Shaikka
Disse alô, pediu café

E disse olha gente eu sempre fico triste nos Natal
Era a deusa do lugar comum
E sempre repetia as frases mais batidas como coisa genial
Um por todos e todos por um

Quem não arrisca não petisca
E brincava de odalisca o carnaval
Só ia ao cinema aos domingos
Sua avó jogava bingo

E ela achava que hoje o mundo anda mal
Adorava o Relógio das Flores
Que rimava com amores quando poetava no colegial
Era a deusa do lugar comum

E achava que homem nenhum era perfeito como Deus
E coisa e tal
Andorinha só não faz verão
Quando um não quer não, dois brigam não

E ter dois pássaros na mão é imoral
Hoje, eleita Miss Curitiba
Ela dedica pra ti, mamãe, e pro papai
Seu dia mais legal
Mas ora meu Deus, recusa o trono pra casar
Trocar de dono
E agradece, mas não faz comercial

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