mas olha lá quem vem chegando - olá sobrinho - tia mariquinha! - é verdade, de roupa nova!"
às vezes vou me lembrando do baile da mariquinha do xote velho largado e da rancheira que vinha
do café de chaleira que a cumadre me servia farofa e feijão mexido com uma quarta de farinha
a melhor coisa do mundo era o baile da mariquinha
"mas que tal tia mariquinha, e o baita macho? - aquele bandido pára pára que a tia marica tá toda arrepiada! - afinal tia marica ele dançou e lhe deu algum beijo? - que nada me deu um carão e duas marcas e me deixou que nem cavalo de lingo sem nada na boca lógico..."
chegava os fins de semana sábado de manhazinha dava dava dava dava aquele reboliço mexerico de vizinha
e as véias batiam guizo prás moças na cozinha ai vai botá um vestido novo juracema presente da tua madrinha
todo mundo se aprumava pro baile da mariquinha
e os convidados do baile que baile tchê do baile da mariquinha uns à pé e de à cavalo outros de carreta vinha
e começava a dançar gente grande pequenina ferravam na meia canha com trovas e ladainhas
muito casamento deu no baile da mariquinha
"lá no baile da mariquinha tinha de tudo prá moçada engraxar o bigode.. - é verdade - tinha costela gorda mulita na casca café preto com mistura bolo frito cuzcuz - e não esqueça da velha cueca virada - a senhora na cozinha ficava muito engraxada tia marica? - ah que horror a velinha ficava mais engraxada que telefone de açougueiro..."
e a segurança do baile era de primeira linha tinha tinha tinha tinha o zapa no comando e lá na copa o bijuquinha
e se estourasse a peleia o tio zapa atendia tirava a indiada lá pra fora e no tapa resolvia