O vento norte assobiava o dia era mormaçento eu, que não gosto de vento já levantei meio azedo e louco por um enredo fui gritando com o tostado que pateava atravessado querendo negar o estribo qualquer mau jeito é motivo quando o santo tá virado. (DECLAMADO)
Nem aquentei a cambona e no mais do que num upa fui à mala de garupa peguei a guampa de canha e fiquei cheio de manha procurando a Josefina não vê que a diaba da china inventou de posar fora gastei roseta de espora no rastro desta malina.
Fiquei que nem touro alsado tranqueando de lombo duro na guampa não tenho furo e sou índio meio touro para aguentar desaforo por coisas do coração se me criei como peão vivendo meio à trompaço não vou perder o compasso por china sem compaixão.
Pois quem se manda à la cria e não volta mais pro ninho quem sempre viveu sozinho não estranha a solidão pois o potro redomão não se doma com buçal quanto mais índio o bagual caborteiro pros arreios ninguém me coloca o freio muito menos o buçal.
O amor é como o vício sempre enreda o cantor igual o cheiro da flor que perfuma a solidão por ter vivido em galpão tive tempo prá pensar china com brilho no olhar tem fogo no recavem não se amarra em ninguém vive sempre a procurar.
E nesta vida campeira cada coisa em seu lugar deixa o vento soprar e a china com seus caprichos prá isso existe o bolicho prá afogar as mágoas na canha pois o amor é como farra ninguém gosta quando acaba mais qualquer chinoca sabe quando o pealo é de cucharra.