Esta vida é um tranco de baile mas quem sabe dançar não se cansa todo dia uma nova festança o gaiteiro não fica de valde e até que o candeeiro se apague vamos em frente afrouxando os aperto mas se afrouxar demais arrochemo é pra tudo ficar mais ou menos nesse baile prá tudo tem jeito só com a morte que não tem acerto nesse baile prá tudo tem jeito só com a morte que não tem acerto.
O patrão velho que nunca se cansa mal a noite se apaga o noseiro vai mandando acender o braseiro qie clareia e esquenta a bailanta a indiada acorda e se manda já se vai pra mais um fandangaço riscam a sala de sola e de taco e a poeira abaixa e levanta dançar de um jeito só não adianta porque o gaiteiro muda o compasso dançar dum jeito só não adianta porque o gaiteiro muda o compasso.
Cada dia um novo fandango e por mais que o gaiteiro se esforce sempre tem quem não dance ou não goste só reclama do baile e do tranco não enxerga que o tempo passando não é o mesmo prá cada parceiro se o baile termina primeiro pra alguns, outros ficam dançando porque a gente nunca se sabe o patrão vai apagar o candeeiro porque a gente nunca se sabe o patrão vai apagar o candeeiro.
É o patrão que escolhe quem dança e o capataz é quem cuida da porta e tim, tim por tim, tim ele anota só no fim que se sabe da conta quem quiser ficar mais não adianta é obrigado a ir se retirando e não pode ir nada levando pois quem sai desse baile não volta e depois que se vai lá prá fora só a alma que fica bailando e depois que se vai lá prá fora só a alma que fica bailando.
Composição: Francisco Carlos Figheira (chico Figheira)