Os Monarcas

Meu Cusco

Os Monarcas


Sempre que o dia madrugava em cores
trazendo raios de manhĂŁs douradas
eu convidava meu cachorro amigo
e jĂĄ saia para as campereadas.

Era o primeiro a galopar em frente
nessa rotina da lida campeira
velho parceiro de dobrar ventanas
e a terneirada botar na mangueira.

Mas o cansaço do rigor do tempo
me fez tĂŁo cedo fugir do relento
larguei o campo, o cusco e o pingo
e fui prĂĄ o alto de um apartamento
larguei o campo, o cusco e o pingo
e fui prĂĄ o alto de um apartamento.

Foi tĂŁo difĂ­cil pra um peĂŁo campeiro
os entre-choques de um momento brusco
em frente aos olhos enxergava o gado
e meus ouvidos a escutar meu cusco.

Caiu a noite mas nĂŁo veio o sono
e meu destino a me pregar laçaços
na sensação de ouvir as pisadas
do meu cachorro que seguiu meus passos.

Por toda a noite o edifĂ­cio inteiro
ouviu a voz de um cão a ganiçar
na madrugada aumentou seus gritos
me convidando para camperear.

Desci do prédio e busquei a estrada
rumos dos campos de minha existĂȘncia
e libertei a minha alma presa
pra que voltasse pra sua querĂȘncia
a libertei a minha alma presa
pra que voltasse pra sua querĂȘncia.

Foi tĂŁo difĂ­cil pra um peĂŁo campeiro
os entre-choques de um momento brusco
em frente aos olhos enxergava o gado
e meus ouvidos a escutar meu cusco.

Composição: Salvador Lamberty, Ivan Vargas

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