Os Calavera

O Baile

Os Calavera


O Chamame veio tirar
Dona Milonga pra dançar
Mas ela disse: Estou tĂŁo triste,
NĂŁo insista, nĂŁo vai dar.
Ele se fez de sonso
E lhe falou bem manso:
Até o fim da noite,
Acho que te convenço.

Ela saiu de lado
Num tom muito refinado:
Não leve a mal, me de licença
Que tĂŽ esperando meu namorado.
Ela mentia... ele sabia...
NĂŁo era hora de atropelar,
Se emparceirou com uma poesia
E largou pro bar

Dançou com a Polca,
Dançou com a Rancheira,
Dançou com a Mazurca
Pela sala inteira,
Dançou com a Valsa
E dançou com a Vaneira...
- Mas dançador
É o moço da fronteira!

- Milonga que tanto pranto?
Indagou a Valsa indo aconselhar:
Isso de andar nos cantos
É falta de se apaixonar.
- A senhora sabe o moço da fronteira
Até que é lindo par,
Mas o tipo Ă© bagacera
Dança com a Vaneira e fica a me cuidar

Ele se viu no assunto, largou a Vaneira,
Veio ligeiro, lhe pegou da mĂŁo
E a Milonga saiu faceira
Com o calavera a rodar no salĂŁo
No meio da dança ele apertou a moça
Ela gritou: Passado! - O baile parou.
Ele disse: Tu Ă© loca!
Ela beijou-lhe a boca e ele envermelhou.

Era o VanerĂŁo,
O Xote, o Rasguido,
O candombe, o Bolero,
E um tango no mais...
Ainda tinha
Um Bugiu atrevido
E fizeram uma salva
De sapucay.

Composição: (tulio Urach, Pirisca Grecco, Ricardo Martins)

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