Os Calavera
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Flor do Pessegueiro

Os Calavera


Vi brotar num galho seco
Uma flor do pessegueiro
E se foi com o vento norte
Que veio num desespero.
Era uma tarde de outubro
Quando deu a chuvarada,
Eu vinha seco e miĂșdo,
Alheio hĂĄ dias na estrada.

No rancho do pessegueiro
Arrumei uma pousada,
ProvidĂȘncia do acaso,
E a volta era encharcada.
Junto ao fogo do galpĂŁo
Acomodei meu pelego,
Varei a noite acordado
Pois nĂŁo me vinha sossego.

Eu nunca tive querĂȘncia,
Mas jĂĄ estou acostumado,
Por nĂŁo ter sonhos, nĂŁo durmo,
Andejo assim tresnoitado.

No desjejum da manhĂŁ
Carne, pĂŁo novo e qualhada...
Faltava açĂșcar no mais,
Adoçamos com figada.
Gostaram de mim na casa,
Me deram changa pra uns dias,
Tivesse cerca alambrava,
Quisessem poço eu abria.

Ali me apeguei Ă  terra,
À casa, aos bichos, à gente
E me enamorei de olhares
Pela vizinha da frente.
Com toda a força da alma
Vou cuidar cada pedaço
Deste sonho que o destino
Trouxe a sestear nos meus braços...


A felicidade Ă© um bem
Que nĂŁo hĂĄ quem a descreva,
Mas Ă© uma flor delicada,
Um vento forte nos leva

Composição: (tulio Urach)

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