Não há partido ou despedida Não somos carta fora do baralho Nem somos tão sortudos e abastados O quanto pensamos
Temos que estar contentes Mas não satisfeitos Não podemos sentar e desistir agora Como se não houvesse mais nada A ser feito
Houve reforma na educação? Mudou o cenário, está tudo perfeito? Não há maldade, impunidade, violência nem descaso ou corrupção?
Estamos satisfeitos com a falta de idéias Nos aborrecemos com a revolta das favelas Estamos tão despreparados para a vida e entender a linguagem da miséria
Tranquilidade ou omissão Indiferença: - É só Besteira! Será que eu luto ou estou de luto Encerrado em pensamentos atrás da placa de contra mão
Neste país sem ideais Da Juventude jogada aos ventos Que rasgam as flores e os canhões Desenhados nos cadernos largados por ela mesma
Compra de voto de uma minoria Massa de manobra que controla a maioria Enquanto arrasam os sonhos de quem lutou E pervertem a democracia.
Morte sem culpa Despreparo das polícias Impunidade certa com nossas brechas da justiça E a maldade que devia estar extinta junto com a falsa democracia
Deste país sucumbindo Pelo e violência Navegando sem certeza Encalhando nos recifes de pobreza e preconceito Num desafio a própria existência