O baterista Ivan Conti, que por 50 anos tocou com o Azymuth, morreu nesta terça-feira aos 76 anos. A causa da morte não foi revelada. O anúncio foi feito por Sandra, que também foi casada com o músico por cinco décadas, nas redes sociais do marido.
Conhecido como Mamão, Conti foi um dos maiores nomes da percussão brasileira. Ele começou ainda nos anos 60 tocando tanto bossa nova quanto rock. A versatilidade seria de grande utilidade no som do Azymuth e seu, na definição dele, "samba doido".
O grupo que tinha ainda o tecladista José Roberto Bertrami (morto em 2012 ) e o baixista Alex Malheiros começou nos bastidores - todos eram músicos de estúdio da Phillips - eles estão em LPs de Raul Seixas, Elis Regina e muitos outros. A virada se dá quando eles conhecem Marcos Valle, com quem teriam uma parceria de muita música e amizade.
Os quatro gravaram um divertido, e muito interessante, LP chamado "Som Ambiente", com versões "lounge" para sucessos da música do início dos anos 70. O Azymuth também participou de álbuns clássicos do músico carioca, como o cultuado "Previsão do Tempo", e a trilha original de "Vila Sésamo".
Apesar de fazerem majoritariamente música instrumental, o Azymuth atingiu o sucesso comercial com "Linha do Horizonte", uma das raras faixas deles com letra e vocal, que se tornou um grande, e eterno hit.
A faixa está presente no trabalho de estreia do trio (1975), escolhido recentemente como ums dos maiores discos da música brasileira. O segundo LP, "Águia Não Come Mosca", de 1977, é outro grande clássico deles.
Neste ano os três tocaram no festival de Montreaux e impressionaram. O sucesso leva à assinatura de um contrato com a Milestone Records que lançaria, até 1989, dez discos do grupo, todos pouco conhecidos no Brasil. "Jazz Carnival", single retirado do álbum "Light As A Feather" (1979), chegou ao maisntream britânico. A música passou oito semanas no top 100, chegando ao 19° lugar em janeiro de 1980.
Na década de 90, os trabalhos deles passaram a ser distribuídos por outro selo internacional, o Far Out, especialista em lançar brasileiros no mercado internacional. Os discos, cheios de groove e musicalidade em nível alto, cativam DJs e fãs de dance music, e eles seguem trabalhando no mercado estrangeiro, agora atingindo também um novo público.
No século 21, o Azymuth também passou a ser mais reconhecido no Brasil. O grupo, com Kiko Continentino nos teclados, faz muitos shows pelo país tanto solo como ao lado de outros artistas como Hyldon e Marcos Valle.
Conti, que também lançou discos solo, e colaborou com DJs renomados como Madlib, seguia em plena atividade mesmo com problemas de saúde. O Azymuth iria se apresentar neste sábado (22) no Blue Note em São Paulo, e já tinha uma turnê pela Europa agendada para junho.
O baterista será velado das 11h às 14h, do dia 20/04/2023 na CAPELA 07, do Crematório e Cemitério da Penitência - Rua Monsenhor Manuel Gomes, 307- Caju, Rio de Janeiro.
Conhecido como Mamão, Conti foi um dos maiores nomes da percussão brasileira. Ele começou ainda nos anos 60 tocando tanto bossa nova quanto rock. A versatilidade seria de grande utilidade no som do Azymuth e seu, na definição dele, "samba doido".
O grupo que tinha ainda o tecladista José Roberto Bertrami (morto em 2012 ) e o baixista Alex Malheiros começou nos bastidores - todos eram músicos de estúdio da Phillips - eles estão em LPs de Raul Seixas, Elis Regina e muitos outros. A virada se dá quando eles conhecem Marcos Valle, com quem teriam uma parceria de muita música e amizade.
Os quatro gravaram um divertido, e muito interessante, LP chamado "Som Ambiente", com versões "lounge" para sucessos da música do início dos anos 70. O Azymuth também participou de álbuns clássicos do músico carioca, como o cultuado "Previsão do Tempo", e a trilha original de "Vila Sésamo".
Apesar de fazerem majoritariamente música instrumental, o Azymuth atingiu o sucesso comercial com "Linha do Horizonte", uma das raras faixas deles com letra e vocal, que se tornou um grande, e eterno hit.
A faixa está presente no trabalho de estreia do trio (1975), escolhido recentemente como ums dos maiores discos da música brasileira. O segundo LP, "Águia Não Come Mosca", de 1977, é outro grande clássico deles.
Neste ano os três tocaram no festival de Montreaux e impressionaram. O sucesso leva à assinatura de um contrato com a Milestone Records que lançaria, até 1989, dez discos do grupo, todos pouco conhecidos no Brasil. "Jazz Carnival", single retirado do álbum "Light As A Feather" (1979), chegou ao maisntream britânico. A música passou oito semanas no top 100, chegando ao 19° lugar em janeiro de 1980.
Na década de 90, os trabalhos deles passaram a ser distribuídos por outro selo internacional, o Far Out, especialista em lançar brasileiros no mercado internacional. Os discos, cheios de groove e musicalidade em nível alto, cativam DJs e fãs de dance music, e eles seguem trabalhando no mercado estrangeiro, agora atingindo também um novo público.
No século 21, o Azymuth também passou a ser mais reconhecido no Brasil. O grupo, com Kiko Continentino nos teclados, faz muitos shows pelo país tanto solo como ao lado de outros artistas como Hyldon e Marcos Valle.
Conti, que também lançou discos solo, e colaborou com DJs renomados como Madlib, seguia em plena atividade mesmo com problemas de saúde. O Azymuth iria se apresentar neste sábado (22) no Blue Note em São Paulo, e já tinha uma turnê pela Europa agendada para junho.
O baterista será velado das 11h às 14h, do dia 20/04/2023 na CAPELA 07, do Crematório e Cemitério da Penitência - Rua Monsenhor Manuel Gomes, 307- Caju, Rio de Janeiro.