Seymour Stein, uma das mais importantes figuras dos bastidores do mundo da música, morreu neste domingo (2) aos 80 anos. Além de ter sido um dos fundadores da Sire Records, o empresário também foi vice-presidente da Warner até 2018, quando se aposentou. Stein estava se tratando de um câncer e morreu em sua casa, em Los Angeles.

Seymour foi daquelas pessoas que, mesmo sem serem conhecidas do grande público, podiam se gabar de terem mudado o mundo, e não só o da música. Basta imaginar a quantidade de bandas que foram, e ainda são, formadas por adolescentes que tomam contato com os Ramones, que ele trouxe para a Sire em 1976.

Fundada em 1966, o selo foi vendido para a Warner uma década depois, com Stein mantendo-se como presidente e "descobridor de talentos".
Ramones
Ramones (Foto: Danny Fields)

Foi ele também quem deu chances aos Talking Heads, Pretenders e ainda lançou nos EUA os LPs de bandas independentes inglesas que causaram um enorme impacto no mundo da música como os Smiths, Depeche Mode e o The Cure.

Como se não fosse o bastante, Stein ainda foi o responsável por dar a primeira chance a uma cantora que batalhava no circuito de nightclubs de Nova Iorque no início dos anos 80. Madonna entrou para o time da Sire com contrato para três singles, que poderiam ser estendidos para um álbum.

Desnecessário dizer que, pouco depois, ela já havia se tornado uma estrela de primeiro time até se tornar a "Rainha do Pop". Os álbuns de Madonna saíram com selo da Sire até 1990, depois, passaram a sair pela Elektra, que também tinha Stein como presidente. O vínculo dela com a Warner se estendeu até 2012 - quando ela foi para a Interscope por um curto período de tempo. Agora, a artista já está de volta ao velho lar.