Pelé, considerado o maior jogador de futebol da história, morreu na tarde desta quinta-feira (29) aos 82 anos. Edson Arantes do Nascimento estava internado no Hospital Albert Einstein em São Paulo, onde recebia tratamento contra um câncer na bexiga, que já havia se espalhado para outras partes de seu corpo.

Pelé, desnecessário dizer, foi gênio dentro do campo, mas também se arriscou em algumas ocasiões pelo mundo da música. O eterno Camisa 10 gravou alguns discos no mínimo curiosos e que valem a pena serem conhecidos, seja você fã de futebol ou não.

Veja aqui alguns desses momentos:

Pelé gravou com ninguém menos que Elis Regina. "Perdão, Não Tem" foi composta por ele e o compacto com a música saiu em 1969.



Em 1977, o Rei do Futebol ganhou um documentário dirigido pelo francês
François Reichenbach. A trilha foi assinada por Sérgio Mendes e contou com o jogador cantando, e também compondo, algumas de suas faixas, como "Meu Mundo É Uma Bola", lançada em compacto.



Certamente a música mais conhecida do Rei do Futebol, "Cidade Grande (Com Jair Rodrigues)", foi escrita nos anos 70, na época em que ele jogou pelo New York Cosmos, e ela apareceu na trilha do documentário "Pelé". A sua versão mais conhecida foi registrada em 1981 quando Jair Rodrigues a gravou e pôde contar com a participação especial do jogador.



1979 foi o ano internacional da criança e muitos artistas gravaram canções com a renda sendo revertida para a UNICEF ("Chiquitita", do ABBA foi uma delas). Pelé também gravou um compacto de caráter beneficente. O samba "Moleque Danado" pode não ter feito tanto sucesso quanto o hit dos suecos, mas é bastante simpático.



A causa das crianças, aliás, sempre foi muito ara ao jogador. Em 1997ele gravou o jingle "ABC Com Pelé" para a campanha "Brasil em Ação" do Ministério da Educação.



Pelé
Quando completou 80 anos, Pelé lançou um divertido single que contou com a participação mais do que especial do duo de violonistas mexicanos Rodrigo Y Gabriela. A dupla deu um toque todo especial a "Acredita No Véio", música que o ex-jogador escreveu em 2005 com o maestro Ruriá Duprat (sobrinho de Rogério Duprat, o grande arranjador do tropicalismo).

O elo que unia o jogador ao México vinha de longa data. Afinal foi lá, na Copa de 1970, que ele encantou o planeta com a seleção que conquistou o tricampeonato - liderando um time que muitos especialistas apontam como o maior da história.

A canção é marcada pelo ritmo forte e o bom humor de sua letra com muitas referências à umbanda, e de como ela pode ajudar o seu time a ganhar uma partida, bastando para isso "acreditar no véio" e, claro, fazer tudo o que ele pedir.