"All Things Must Pass", o primeiro disco solo "pra valer" de George Harrison acaba de ser relançado em uma edição caprichadíssima, e cheia de extras. O álbum saiu em novembro de 1970, sete meses depois do fim oficial dos Beatles, em uma caixa com três LPs. Antes, o guitarrista já havia lançado dois trabalhos de música experimental.

O álbum agora foi expandido para cinco CDs - os dois primeiros com o disco em uma nova mixagem - que tentou tirar um pouco dos exageros típicos do produtor Phil Spector, mas não a ponto de torná-lo radicalmente diferente. Uma sequência de 47 outtakes e demos foram acrescentadas e mostram ao fã como o mítico álbum ganhou vida. Para escutar tudo, o ouvinte agora precisará de 4 horas e 15 minutos (ou duas horas e meia a mais em relação ao original)

"All Things..." foi unanimemente elogiado pela imprensa quando chegou às lojas e também ficou em primeiro lugar nas paradas mais importantes do planeta. Além de ser considerado o melhor trabalho de Harrison, ele também é tido como um dos melhores discos feitos por um ex-Beatle.

Na última lista de "melhores álbuns de todos os tempos", publicada no ano passado pela Rolling Stone, o álbum apareceu na posição 368, à frente de "Ram", de 1971, a única presença de Paul McCartney no ranking (450) e atrás dos dois trabalhos mais celebrados de John Lennon: "Plastic Ono Band" (1970) e "Imagine" (1971), que ficaram no 83° e 223° lugares.

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