The Weeknd continua firme na decisão de boicotar o Grammy. O cantor, que não recebeu nenhuma indicação da Academia pelo seu elogiado álbum "After Hours", falou sobre as recentes mudanças anunciadas no último dia 30 de abril sobre o comitê de avaliação, como a eliminação dos membros “secretos”, mas afirmou que não enviará sua música no futuro para o processo de concorrer aos prêmios.

"A confiança entre a organização do Grammy e os artistas foi quebrada há tanto tempo, que seria imprudente levantar a bandeira da vitória", disse ele em uma conversa com a revista Variety, apesar de não descartar a importância da mudança na Academia.

"Acho que a indústria e o público precisam ver o sistema transparente realmente em jogo para que a vitória seja celebrada, mas é um começo importante. Eu continuo sem interesse em fazer parte do Grammy, principalmente pela sua própria adesão à corrupção durante todas essas décadas. Não vou enviar [minha música] no futuro", acrescentou.

O empresário do músico, Wassim “Sal” Slaiby, apoia essa posição. "Nenhuma mudança acontece sem uma voz a ser ouvida. Estou orgulhoso do Abel [nome verdadeiro do cantor] por defender aquilo em que acredita. Eu fiquei em choque quando tudo isso aconteceu, mas agora enxergo claramente, e fico feliz de termos defendido o que acreditamos".

De acordo com a Variety, os membros do comitê "secreto" eram responsáveis por decidir as indicações das principais categorias da premiação, a chamada "Big Four" ("Grande Quarteto"), que representam "Álbum do Ano”, “Música do Ano”, “Gravação do Ano” e “Artista Revelação”.

Após ter sido esnobado nas nominações do Grammy, The Weeknd usou suas redes sociais para desabafar sobre a Academia, chamando-a de "corrupta". "Vocês devem transparência a mim, aos meus fãs e à indústria", postou ele na época.



O cantor chegou a receber apoio de outros nomes importantes da música, que também condenaram a falta de indicações do astro à premiação, como Drake, Elton John, Nick Minaj entre outros.

Nesta terça-feira (4), The Weeknd, que alcançou a primeira posição da parada norte-americana de singles com o remix de "Save Your Tears", sua nova parceria com Ariana Grande, também celebrou a conquista de ser o primeiro artista masculino a colocar três singles de um mesmo álbum ("After Hours") no topo da Billboard Hot 100 em 3 anos diferentes: "Heartless" (em 2019), "Blinding Lights" (em 2020) e "Save Your Tears" (em 2021).