O documentário "Framing Britney Spears", recém-lançado pelo The New York Times em parceria com o Hulu, se tornou um dos principais assuntos das redes sociais na semana passada, principalmente por trazer à tona novamente a polêmica tutela em que a cantora vive sob as mãos de seu pai. E, ao que tudo indica, os fãs também vão poder observar a história da Princesa do Pop contada por outra plataforma.

De acordo com o site Bloomberg, a Netflix planeja lançar um documentário sobre a artista e já teria escalada a cineasta Erin Lee Carr, especializada em séries documentais sobre crime, para a direção.

Ainda segundo o site, a produção da Netflix já estava em andamento mesmo antes da estreia de "Framing Britney Spears" no Hulu. O título e a data de lançamento ainda não foram divulgados.

"Framing Britney Spears"

O documentário lançado pela plataforma Hulu gerou reações entre artistas e celebridades e também entre os internautas, que cobraram um pedido público de desculpas de Justin Timberlake pelo comportamento do músico e ator em relação ao fim do relacionamento com a artista, colaborando com a forma misógina com que a mídia tratava Britney Spears.

Em suas redes sociais, Timberlake postou uma carta aberta não só para a Princesa do Pop, como também para Janet Jackson, por não ter defendido a estrela após a cobertura da apresentação dos dois no Super Bowl, em que um problema com o figurino fez com que Jackson ficasse com os seios à mostra.

"Eu tenho visto as mensagens, as tags, os comentários, as preocupações e quero responder. Eu lamento profundamente pelas vezes na minha vida em que minhas ações contribuíram para o problema, quando falei demais ou quando não falei pelo que era certo. Eu entendo que fiquei aquém nesses momentos, e em muitos outros, e me beneficiei de um sistema conivente com a misoginia e o racismo.

Eu quero me desculpar especificamente com Britney Spears e Janet Jackson individualmente, porque eu me preocupo e respeito essas mulheres. E sei que falhei.

Também me sinto compelido a responder, em parte, porque todos envolvidos merecem algo melhor do que isso e, mais importante, porque essa é uma conversa da qual eu quero fazer parte e amadurecer, de coração.

A indústria é imperfeita. Ela define homens, especialmente homens brancos, para o sucesso. É estruturada desta maneira. Como homem em uma posição privilegiada, eu tenho que falar sobre isso. Devido a minha ignorância, eu não reconheci isso enquanto estava acontecendo na minha própria vida, mas não quero me beneficiar de outras pessoas sendo puxadas para baixo de novo.

Eu não tenho sido perfeito ao navegar por tudo isso na minha carreira. Eu sei que esse pedido de desculpas é um primeiro passo e não absolve o passado. Eu quero assumir a responsabilidade por meus passos em falso, assim como ser parte de um mundo que eleva e apoia. Eu me importo profundamente com o bem-estar das pessoas que amo e amei. Eu posso fazer melhor e vou fazer melhor",
escreveu ele.