Histórias de celebridades doando grandes somas para ajudar nas pesquisas de tratamentos das mais diversas doenças, são bastante comuns. Mas, nem sempre, se vê a publicação de notícias mostrando se o uso deste dinheiro resultou na conquista de um benefício científico. No caso da quantia que Dolly Parton doou, em abril, para a Vanderbilt University, essa relação de causa e efeito de fato aconteceu Foi ali que a vacina da Moderna, uma das que está apresentando os resultados mais animadores, foi desenvolvida.

Os primeiros dados divulgados, dizem que ela atingiu uma efetividade de 94,5 por cento, número semelhante aos divulgados pela Phizer, a outra que mostrou-se com um alto nível de sucesso. A fundação da cantora aparece entre as entidades que ajudaram a subsidiar as pesquisas - a Moderna também recebeu mais de 2 bilhões de dólares do governo federal dos EUA para trabalhar no projeto.

"Como está na escritura: 'A quem muito é dado, muito é exigido'. Portanto, olho para minha vida com esse pensamento todos os dias e creio que Deus espera isso de mim", disse Parton à Billboard. "Eu espero isso de mim, e acho que as pessoas também. Se posso ser uma fonte de inspiração, então quero ser. É algo que faz com que me sinta bem", concluiu.

Apesar dos resultados animadores, convém dizer que a Moderna é um laboratório de menor escala, quando comparado aos gigantes da área farmacêutica. Eles nunca colocaram uma vacina no mercado e os desafios, para quem quer que seja, seguem enormes - o maior deles sobre como se conseguir uma produção em massa para inocular bilhões e bilhões de pessoas - sendo que já se sabe que serão necessárias duas doses para que uma pessoa esteja de fato prevenida contra o novo coronavírus.