Melvin Benn, organizador do Reading & Leeds Festival, que acontece anualmente em agosto nas cidades de Reading e Leeds na Inglaterra, está otimista com relação ao retorno dos eventos.

Mostrando uma opinião diferente de outros produtores de grandes festivais, que ainda enxergam o próximo ano com dúvidas, o empresário deu uma entrevista para a NME dizendo-se confiante com a realização da edição de 2021 e apontando soluções para enfrentar os problemas do novo Coronavírus.

Na conversa, Benn afirmou que fazer testes no público e na população em geral irá ajudar para que os grandes shows retomem as suas rotinas. "A COVID nos deu uma pausa de um ano, então a inovação para o ano seguinte serão os testes - todo mundo será testado", disse ele ao periódico.

"Não precisamos de vacina, porque podemos resolver os problemas com um bom regime de testes. Seremos capazes de fazer isso no ano que vem. Se existir uma vacina, será o suficiente para idosos e vulneráveis. Os jovens conseguem resistir. O governo sabe disso agora. Em março e abril, eles não sabiam. Todo mundo ficou apavorado e isso foi inevitável, mas conforme aprendemos mais, sabemos que os mais fortes e saudáveis são capazes de sobreviver a isso", continuou o empresário, acrescentando que os teste serão ainda mais rápidos e práticos com a ajuda da tecnologia em 2021.

Os ingressos para as edições do Reading & Leeds Festival do ano que vem já serão comercializados, inclusive, a partir desta semana, no dia 3 de setembro. Até o momento, os headliners são Stormzy, Catfish And The Bottlemen, Post Malone, Disclosure, Liam Gallagher e o Queens Of The Stone Age.

Opiniões contrárias

Em uma recente entrevista sobre o assunto, o cofundador do Lollapalooza, Marc Geiger, disse acreditar que os festivais só voltarão a ser realizados no ano de 2022 e afirmou que há "uns 20 obstáculos" a serem superados antes que eles aconteçam. "Com a COVID-19 existe uma responsabilidade infinita na hora de organizar um evento e será um desafio para os promotores encontrar uma seguradora disposta a cobrir seus shows e festivais", explicou ele.

Vagalume


Quem seguiu pelo mesmo caminho da dúvida foi o fundador do Glastonbury, Michael Eavis, que precisou cancelar a edição de 50 anos de seu festival devido à pandemia. "500 pessoas [em um evento] tudo bem, não é? Mas meu trabalho é juntar 250 mil pessoas, eu acho que é muito", disse ele. "Ainda espero que aconteça no próximo ano. Vamos mover o céu e a Terra para garantir que sim. Mas isso não significa necessariamente que ele vai acontecer".