O fundador do Glastonbury, Michael Eavis, jogou um pequeno balde de água fria nos fãs de música em uma recente entrevista à ITV. Apesar de muitos shows e festivais, como o Lollapalooza no Brasil, terem sido adiados para fim do ano por conta da pandemia do coronavírus, e alguns na Europa já estarem sendo remarcados para o primeiro semestre de 2021, o empresário acredita que esse tipo de evento demore um pouco mais para ser realizado.

Falando sobre o próprio Glastonbury, que teve a edição de 50 anos com Paul McCartney, Taylor Swift e Kendrick Lamar cancelada, Eavis disse que irá fazer o possível para que o festival volte a acontecer no ano que vem, mas que garantido mesmo, apenas em 2022.

"500 pessoas [em um evento] tudo bem, não é? Mas meu trabalho é juntar 250 mil pessoas, eu acho que é muito", disse ele, que realiza o festival na sua própria fazendo, em Pilton, na Inglaterra. "Ainda espero que aconteça no próximo ano. Vamos mover o céu e a Terra para garantir que sim. Mas isso não significa necessariamente que ele vai acontecer. Isso é apenas uma ilusão".

Michael Eavis também foi questionado sobre o futuro do Glastonbury. Em junho, ele havia informado ao The Guardian que o festival poderia ir à falência se não acontecesse no ano que vem, no entanto, nessa nova entrevista, o empresário acalmou os fãs. "Estou confiante de que ele sobreviverá. A única certeza para o no ano seguinte, 2022. Talvez tenhamos que esperar dois anos. Mas ainda tenho esperança, e estamos trabalhando para que ele aconteça no ano que vem".

No mês passado, o cofundador do Lollapalooza, Marc Geiger, também deu uma entrevista sobre o tema, dizendo acreditar na volta dos grandes shows só em 2022. "Com a COVID-19 existe uma responsabilidade infinita na hora de organizar um evento e será um desafio para os promotores encontrar uma seguradora disposta a cobrir seus shows e festivais", explicou.