A cantora Vera Lynn morreu hoje (18) aos 103 anos. Uma verdadeira lenda britânica, a artista entrou para a história por ter sido uma espécie de "namoradinha" dos soldados que lutaram contra o nazismo na Segunda Guerra Mundial e se tornou um símbolo de esperança e de superação para o país.

Lynn começou a cantar ainda criança e seguiu ativa por muitas décadas. Sua primeira gravação chegou ao mercado em 1935, quando ela tinha 18 anos, e sua última performance pública foi realizada 60 anos depois, no Royal Albert Hall em um concerto celebrando o cinquentenário do Dia da Vitória na Europa.

Lynn, que desde 1975 tinha o título de "Dame", voltou ao noticiário nos últimos anos por ter quebrado alguns recordes na parada britânica. A compilação "We'll Meet Again: The Very Best of Vera Lynn" chegou ao primeiro lugar em 2009 e fez dela, aos 92 anos, a pessoa mais velha a alcançar o topo do ranking.

Em 2017, quando completou um século de vida, outra coletânea, "Vera Lynn 100" chegou ao terceiro lugar. Este mesmo disco voltou a aparecer recentemente no top 40 (no 30° posto), fazendo assim com que ela quebrasse o seu próprio recorde de artista com mais idade que apareceu na parada de álbuns do Reino Unido.

A canção mais emblemática lançada por ela foi "We'll Meet Again", composta em 1939 e que se tornou um standard. Fora da Inglaterra, a música é mais lembrada por tocar na cena final de "Doutor Fantástico" de Stanley Kubrick (1964) e também pela cover, em ritmo de folk rock, que os Byrds gravaram no ano seguinte em seu álbum de estreia.

Em maio passado, a música voltou a ser lembrada durante a pandemia do novo coronavírus, quando Katherine Jenkins fez um dueto da canção com um holograma de Vera Lynn ainda jovem. O "encontro" aconteceu no Royal Albert Hall que estava vazio. Lançada comercialmente, a faixa chegou no top 100 britânico.

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