O baterista Lee Kerslake, que tocou por muitos anos no Uriah Heep e também nos dois primeiros discos solo de Ozzy Osbourne está tentando fazer as pazes com o cantor (juntos na foto acima). O músico diz estar com câncer de próstata já em estado terminal e que os médicos lhe deram apenas oito meses de vida. Antes de morrer, ele confessa que um de seus desejos seria o de poder receber os certificados de platina pelos trabalhos que ele gravou com o cantor.

Kerslake e o baixista Bob Daisley moveram diversos processos contra Ozzy e sua mulher e empresária Sharon para conseguir créditos e direitos autorais nos dois primeiros álbuns que o cantor lançou depois de deixar o Black Sabbath: "Blizzard Of Ozz" (1980) e "Diary Of A Madman" (1981). A banda nessa época também contava com o guitarrista Randy Rhoads , morto em um acidente de avião no ano de 1982. Eles foram bem sucedidos em uma ação movida em 1986, mas outro caso, esse iniciado em 1998, e resolvido alguns anos depois, terminou com o juiz dando ganho de causa para Ozzy.

As brigas judiciais deixaram marcas profundas no relacionamento entre os campos, chegando ao ápice no início da década passada, quando os dois álbuns foram relançados em CD com a bateria e o baixo regravados por outros músicos. A decisão gerou um grande número de reclamações entre os fãs e os discos retornaram ao mercado como saíram originalmente.

Kerslake agora espera que esses problemas fiquem para trás. Ele disse ter escrito uma carta pessoal para o casal dizendo que adoraria poder pendurar na parede os discos de ouro e platina, e espera que eles concordem.

O baterista revelou que o último processo o deixou falido. Os custos foram de centenas de milhares de dólares e ele precisou vender a sua casa. Foi quando as doenças começaram a surgir. "Eu nunca consegui me reerguer, mas ter um disco de platina na parede seria fantástico e eles diriam que eu ajudei a criar esses trabalhos", falou Kerslake para a The Metal Voice.