A importante Paper Magazine, publicação fundada em 1984 em Nova York que cobre os mundos da moda, cultura pop, música e mais, convidou Charli XCX para bater um papo com Pabllo Vittar e assim apresentar a drag para os seus leitores.
XCX começa contando que quando esteve no Brasil (no ano passado), ela perguntou para os seus fãs durante os "meet and greets" sobre quem era o grande artista brasileiro da atualidade e de como todos lhe falaram de Vittar.
"Eles começaram a me mostrar os seus vídeos e diziam que eu tinha que prestar atenção ao seu trabalho, falando que você é a melhor pessoa da música brasileira no momento e que representa a cultura LGBTQ do Brasil."
Essa foi a deixa para a inglesa (ao lado) perguntar sobre como Vittar se sentia ao se ver como alguém que representa essa comunidade em um nível tão alto. "Eu me sinto feliz", disse, "nós vivemos no mais duro dos tempos, e poder representar essa comunidade dá força não só os meus fãs, mas também para mim, para seguir fazendo o trabalho que fazemos, que é muito importante", conta, lembrando que esse trabalho passa uma mensagem importante para os jovens e adolescentes que passam por sofrimento e bullying "da mesma forma que eu quanto tinha aquela idade."
Pabllo então se lembrou das dificuldades do início da carreira e de como sempre sonhou em estar no palco ao mesmo tempo em que achava isso nunca seria possível. "Por causa de todo bullying pelo qual passei... eu por um longo tempo acreditei que nunca seria ninguém", disse, lembrando então que felizmente ao seu lado sempre havia a família, bastante compreensiva, e uma rede de amigos que lhe apoiaram.
A conversa também girou em termos mais amenos. Ficamos sabendo que "Crazy In Love" é a canção de Beyoncé que mais lhe emociona, que a sua coleção de perucas em breve irá aumentar para 25, com a que Charli lhe prometeu dar de presente, e que se pudesse escolher colaborar com uma diva a escolhida seria Demi Lovato, e também Beyoncé e Rihanna.
A liberdade proporcionada pelo ato de vestir-se de drag também foi celebrada. "Drag é isso.... a cada vez que você se monta, você se sente uma pessoa diferente."
XCX também quis saber como foi beijar o DJ superstar Diplo, como se viu no clipe de "Então Vai". A resposta foi divertida. "Eu sei que você deve conhecer pessoas que já estiveram lá e fizeram aquilo, mas, do meu ponto de vista, a boca do Diplo e a minha nasceram para ficar juntas. Seus lábios são doces e macios e eu me senti como se tivesse comido jambo, que é uma fruta muito doce e deliciosa vinda do Brasil. Eu não tenho palavras", derreteu-se.
Para apimentar ainda mais a conversa, a cantora disse que sempre que se encontra com o DJ ele diz que Vittar é uma pessoa "quente. "Eu acho que ele sente algo por você", ao que Vittar disse que o sentimento era recíproco. "Diplo, venha pra mim meu querido!", brincou, antes de falar que infelizmente um novo encontro entre eles por pouco não aconteceu recentemente em Los Angeles (onde algumas faixas para o seu segundo disco foram gravadas) porque o DJ não estava na cidade.
Sobre o novo disco, a drag revelou que ele terá influências da música do norte e nordeste do Brasil, junto com um lado mais latino que se juntarão ao pop internacional. Charli também quis saber se uma turnê mundial estava sendo planejada. "Eu acho que poderia fazer isso no ano que vem... agora eu estou focando no novo álbum... eu penso em viajar para ver apresentações de artistas que eu gosto, mas meus shows, acho que só no ano que vem."
Essa foi a deixa para a inglesa (ao lado) perguntar sobre como Vittar se sentia ao se ver como alguém que representa essa comunidade em um nível tão alto. "Eu me sinto feliz", disse, "nós vivemos no mais duro dos tempos, e poder representar essa comunidade dá força não só os meus fãs, mas também para mim, para seguir fazendo o trabalho que fazemos, que é muito importante", conta, lembrando que esse trabalho passa uma mensagem importante para os jovens e adolescentes que passam por sofrimento e bullying "da mesma forma que eu quanto tinha aquela idade."
