Há exatos 40 anos Elvis Presley morreu aos 42 anos. O mundo perdia de forma prematura uma das figuras que ajudaram a dar forma à segunda metade do século 20 e cujos feitos ainda são sentidos no mundo contemporâneo. Nesse especial relembramos cinco grandes momentos do cantor retirados de sua gigantesca discografia, que envolve duas dezenas de álbuns de estúdio, mais um número semelhante de trilhas sonoras, além de coletâneas, compilações, relançamentos com material inédito, reedições especiais, discos ao vivo e mais.

O fato de que essa lista poderia ser ampliada com várias outras canções fundamentais - "Mystery Train", "Love Me Tender", "Jailhouse Rock", "Can't Help Falling In Love", "Guitar Man", "In The Ghetto" e por aí afora - só prova mais uma vez as razões para ele ser chamado sem nenhum exagero de Rei do Rock.

"That's All Right" - 1954
O primeiro single do cantor, lançado pela Sun Records de Memphis em julho de 1954, é uma das pedras fundamentais da história do rock. As gravações feitas para o pequeno selo são consideradas uma das melhores de todos os tempos, por flagrarem o momento em que a mistura de blues, R&B, pop e country - ou seja, a música negra e a branca - se fundem originando um novo ritmo. Existem alguns CDs que compilam essas sessões como "Sunrise" de 1999 que junta também sobras de estúdio e versões alternativas e "Elvis at Sun" de 2004.



"Heartbreak Hotel" - 1956
Elvis logo teve seu passe comprado pela RCA e não levou muito tempo para se tornar uma estrela nacional, e logo mundial. Esse compacto marcou sua estreia na nova gravadora e também foi o seu primeiro número 1. Outra canção fundamental na história do rock, ela foi eleita a 45ª melhor música da história pela edição americana da Rolling Stone.



"Hound Dog" -1956
Outro single fundamental, essa é uma das gravações mais inspiradas e selvagens do cantor. Também chegou ao número 1 e na lista da Rolling Stone ela ficou em 19° - a música dele melhor colocada na relação.



"Suspicious Minds" - 1969
A década de 60 não foi das mais tranquilas para o ídolo que seguia as ordens de seu empresário Coronel Parker, que achava que valia mais a pena ele se dedicar ao cinema - geralmente em comédias leves onde ele cantava algumas músicas que eram posteriormente lançadas em disco. Em uma era onde a norma era a de que a partir de agora os intérpretes deviam também escrever o seu material, Elvis, que não compunha, também soava deslocado.

A guinada do artista se deu em 1968 quando ele gravou o histórico programa para a rede NBC de televisão, que ficou conhecido como o "especial do retorno", e deixou bem claro que ele ainda tinha muito a oferecer. A boa fase teve sequência no ano seguinte quando ele retornou à sua Memphis natal para gravar uma série de músicas que finalmente faziam jus ao seu talento.

Além do fundamental álbum "From Elvis In Memphis", as sessões geraram ainda bastante material que seria aproveitado nos meses seguintes, incluindo "Suspicious Minds" que o levou de volta ao topo da parada americana - depois de sete anos seu um número um no top 100 - e se tornou um dos momentos chave de seus shows.



"An American Trilogy" - 1972
1969 também marcou o ano em que Elvis voltou aos palcos. Até a sua morte ele se apresentou incontáveis vezes pelos EUA - ele só cantou fora de território americano um única vez, quando esteve no Canadá em 1957.

Nos seus concertos esse medley criado pelo compositor Mickey Newbury com três canções do século 19 se tornou o momento central de seus concertos dada a enorme carga emocional que o cantor conseguiu dar à canção.



Quer saber mais sobre Elvis Presley? Então leia esse especial que fizemos há cinco anos!