Há exatos 25 anos o cantor e compositor Cazuza morreu em decorrência de complicações causadas pelo vírus do HIV aos 32 anos. Apesar de uma carreira discográfica relativamente curta - foram apenas sete anos entre a estreia com o Barão Vermelho de 1982 e o derradeiro álbum "Burguesia" (1989) - o artista deixou uma obra prolífica e de grande impacto que segue muito querida e influente, como podemos ver nos exemplos abaixo.
Relembre cinco grandes momentos de Agenor de Miranda Araújo Neto, o eterno Cazuza
"Pro Dia Nascer Feliz" (1983)
Cazuza começou sua carreira artística como vocalista do Barão Vermelho. Os dois primeiros álbuns da banda - de 1982 e 1983 - tinham vários bons momentos, mas não venderam muito e também sofreram com problemas de produção. A sorte do grupo começou a mudar depois que Ney Matogrosso regravou "Pro Dia Nascer Feliz" com sucesso, o que acabou chamando a atenção para a versão original, que também começou a tocar nas rádios.
Lançada em 1982, a canção se tornou realmente icônica três anos depois, quando foi tocada no show que a banda fez em 15 de janeiro no Rock In Rio. Foi nesse dia que Tancredo Neves foi eleito - ainda que de forma indireta - pondo fim aos anos de ditadura militar no país.
"Bete Balanço" (1984)
Dos três álbuns que Cazuza gravou com o Barão Vermelho, o último deles - "Maior Abandonado" de 1984 - certamente é o mais bem sucedido artística e comercialmente. Aqui finalmente os produtores conseguiram tirar um som adequado do quinteto em estúdio e as rádios tornaram algumas de suas faixas em sucessos populares. O maior deles, "Bete Balanço", foi composta como tema do filme homônimo e é, indiscutivelmente, um dos melhores momentos da história do rock brasileiro.
"Exagerado" (1985)
Lançado há 30 anos, o primeiro disco solo do cantor saiu depois que ele abandonou o Barão vermelho, quando percebeu que não conseguiria mais dividir seu espaço com os outros integrantes da banda.
Deste álbum saíram sucessos - "Codinome Beija-Flor", "Mal Nenhum" e canções que se tornariam clássicas como a forte "Só As Mães São Felizes". Mas o álbum sempre ficará marcado por trazer a canção que melhor define o cantor, "Exagerado", outra faixa fundamental para se entender o rock feito no Brasil na década de 80.
O clipe abaixo foi tirado do programa "Mixto Quente" exibido pela Rede Globo no verão de 1986.
"Ideologia" (1988)
Cazuza atingiria a maturidade artística em 1988, ano de lançamento de seu terceiro álbum, "Ideologia". Feito quando ele já era soropositivo e o público e imprensa começavam a comentar o assunto - ele só assumiu publicamente a condição em 1989 - o álbum é um excelente retrato do Brasil do final dos anos 80, quando o clima de esperança que havia tomado o país dava lugar a um cenário sombrio de hiperinflação e crise política.
"O Tempo Não Para" (1988)
O álbum "Ideologia", e sua turnê se tornaram grandes eventos e elevaram o cantor a um novo patamar. Mais que um bom cantor e letrista, ele agora se tornava um símbolo e exemplo de coragem e credibilidade. O álbum "O Tempo Não Para" saiu ainda na época do vinil e traz dez faixas gravadas ao vivo durante três shows feitos em outubro de 1988.
Provavelmente o melhor registro discográfico do cantor, o álbum funciona como uma coletânea. Ele traz versões mais fortes e musculosas que as ouvidas nos discos de estúdio e é uma pena que até hoje não tenham lançado a íntegra do espetáculo em disco e vídeo.
Ainda assim, o maior destaque do trabalho ficou para a faixa-título, a única inédita do trabalho. "O Tempo Não Para" é a melhor música do cantor, ao menos entre as mais politizadas, e ainda hoje se mantém atual.
Relembre cinco grandes momentos de Agenor de Miranda Araújo Neto, o eterno Cazuza
"Pro Dia Nascer Feliz" (1983)
Cazuza começou sua carreira artística como vocalista do Barão Vermelho. Os dois primeiros álbuns da banda - de 1982 e 1983 - tinham vários bons momentos, mas não venderam muito e também sofreram com problemas de produção. A sorte do grupo começou a mudar depois que Ney Matogrosso regravou "Pro Dia Nascer Feliz" com sucesso, o que acabou chamando a atenção para a versão original, que também começou a tocar nas rádios.
Lançada em 1982, a canção se tornou realmente icônica três anos depois, quando foi tocada no show que a banda fez em 15 de janeiro no Rock In Rio. Foi nesse dia que Tancredo Neves foi eleito - ainda que de forma indireta - pondo fim aos anos de ditadura militar no país.
"Bete Balanço" (1984)
Dos três álbuns que Cazuza gravou com o Barão Vermelho, o último deles - "Maior Abandonado" de 1984 - certamente é o mais bem sucedido artística e comercialmente. Aqui finalmente os produtores conseguiram tirar um som adequado do quinteto em estúdio e as rádios tornaram algumas de suas faixas em sucessos populares. O maior deles, "Bete Balanço", foi composta como tema do filme homônimo e é, indiscutivelmente, um dos melhores momentos da história do rock brasileiro.
"Exagerado" (1985)
Lançado há 30 anos, o primeiro disco solo do cantor saiu depois que ele abandonou o Barão vermelho, quando percebeu que não conseguiria mais dividir seu espaço com os outros integrantes da banda.
Deste álbum saíram sucessos - "Codinome Beija-Flor", "Mal Nenhum" e canções que se tornariam clássicas como a forte "Só As Mães São Felizes". Mas o álbum sempre ficará marcado por trazer a canção que melhor define o cantor, "Exagerado", outra faixa fundamental para se entender o rock feito no Brasil na década de 80.
O clipe abaixo foi tirado do programa "Mixto Quente" exibido pela Rede Globo no verão de 1986.
"Ideologia" (1988)
Cazuza atingiria a maturidade artística em 1988, ano de lançamento de seu terceiro álbum, "Ideologia". Feito quando ele já era soropositivo e o público e imprensa começavam a comentar o assunto - ele só assumiu publicamente a condição em 1989 - o álbum é um excelente retrato do Brasil do final dos anos 80, quando o clima de esperança que havia tomado o país dava lugar a um cenário sombrio de hiperinflação e crise política.
"O Tempo Não Para" (1988)
O álbum "Ideologia", e sua turnê se tornaram grandes eventos e elevaram o cantor a um novo patamar. Mais que um bom cantor e letrista, ele agora se tornava um símbolo e exemplo de coragem e credibilidade. O álbum "O Tempo Não Para" saiu ainda na época do vinil e traz dez faixas gravadas ao vivo durante três shows feitos em outubro de 1988.
Provavelmente o melhor registro discográfico do cantor, o álbum funciona como uma coletânea. Ele traz versões mais fortes e musculosas que as ouvidas nos discos de estúdio e é uma pena que até hoje não tenham lançado a íntegra do espetáculo em disco e vídeo.
Ainda assim, o maior destaque do trabalho ficou para a faixa-título, a única inédita do trabalho. "O Tempo Não Para" é a melhor música do cantor, ao menos entre as mais politizadas, e ainda hoje se mantém atual.