Tô ligado que meu crespo te provoca Fica indignado, descobriu que não é moda Que nem teu carro ou tua panca te vestem de mim Confessa logo que queria ter nascido assim Teus privilégio, teu colégio suas roupa de grife Vanila ice aqui é mato, conheço esse crime Tenta acompanhar, só que derrapa na curva Tinta fresca se apavora no meio da chuva São várias tretas, acredite O homem insiste em se enganar Ostenta com orgulho sua fome de sangue Deus que me perdoe Mas tem fé que professa o jaguar Eu tô de boa, sigo suave Flutuo entre frames de imaginação Quem aqui é são nessa porra? Poder é uma arma que seduz
Orgulho mata Dinheiro deixa cego O medo gera sensações que nos conduzem ao deserto
De ponta a ponta trincheiras muralhas, barreiras Castigos, bandeiras Conceitos tradicionais A gente vai se degladiando Pra abrir espaço Para o comandante chegar
Boas vindas senhoras e senhores Doutoras e doutores Infantes rebordosas magistrais Eu tô aqui de cara feia Pensando na sua ceia A entrada, uma sopa que me enoja
Orgulho mata Dinheiro deixa cego O medo gera sensações que nos conduzem ao deserto
Ouço o barulho do ronco da barriga Da serra é fome Ou sede de justiça Atiça o gemido, o grunhido Que imita a cuíca A cada bica na boca Da entranha do samba Não culpo o nome do fruto bendito Que adoça o rito de colher cacau No chocolate roubado do Egito Estava escrito
Orgulho mata Dinheiro deixa cego O medo gera sensações que nos conduzem ao deserto