Mutum (Brasil)

Candeeiro

Mutum (Brasil)


A parafina faz um lago sob a luz que queima
Escuridão pra quem é da noite nunca foi problema
Olhos de coruja pra enfrentar os desafios
Diante desse lume eu respiro
Não feche os olhos quando o breu te contemplar
Erga a cabeça sem medo de tropeçar
Enfrenta!
Penso nas estrelas e levito
Penso nas cadentes e conspiro

Vela que ilumina o cruzeiro das almas
Fé que alumia esse sentimento
Velho candeeiro que revela as palmas
Luzes que acendem no terreiro

A tal perfeição é nosso mal, mal exemplo
Ela robotiza o nosso comportamento
Por isso que eu piro quando no céu pinta lua
Briso ao relento junto de minha pele escura

São campos minados de vaidades e daninhas
Ameaça a flor que nasce em meio as intrigas
A raposa espreita, quer seu território
O que te desperta, também pode seu ópio

Vela que ilumina o cruzeiro das almas
Fé que alumia esse sentimento
Velho candeeiro que revela as palmas
Luzes que acendem no terreiro

Somos quase maquinas
Nosso sobrenome nos confunde
Fomos programados pra calar
Pra se estranhar
e justificar a violência
Corre pra driblar as armadilhas nas trilhas
Fazer outra historia sem tamanha hipocrisia
Quero me livrar desse veneno
Que sela a alma de betume
E cimento

Vela que ilumina o cruzeiro das almas
Fé que alumia esse sentimento
Velho candeeiro que revela as palmas
Luzes que acendem no terreiro

Deixa ela queimar
Pros de fé
Fogo é fogo
Trevas não irão me apagar
Eu sou descendente da coragem de um povo
Que enfrenta o front e não se deixa entregar
Haja o que houver
Só não corte minha luz
E de preferência
Não edite minha brisa
Filho dessa terra
Sempre durmo em alerta
Lume que encadeia
A vida

Vela que ilumina o cruzeiro das almas
Fé que alumia esse sentimento
Velho candeeiro que revela as palmas
Luzes que acendem no terreiro

Composição: jairo Pereira

Letra enviada por Jairo Pereira

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