Mundo Segundo
Página inicial > M > Mundo Segundo > Tudo o Que Tenho (Part. Ana Lu)

Tudo o Que Tenho (Part. Ana Lu)

Mundo Segundo


Quantos anos passaram? quantos manos partiram?
Quantas relações findaram? quantas portas se
Abriram? quantas noites em branco?
Quantos dias sem encanto?
Quantas vezes fui franco depositando
Emoções no teu banco?
Quantas vezes sorriste triste
Solitário e cabisbaixo?
A 220 em pleno despiste
Capotando encosta abaixo
Neste mundo eu não me encaixo
Pensavas para ti próprio
Metade de mim inspira amor
A outra metade só atrai ódio!
É óbvio que um homem erra
Ele não nasceu perfeito
Com defeito de fabrico
No fabrico do lado esquerdo do peito
O meu maior defeito?
A minha maior virtude
Mudo a tempo de vida antes
Que a própria vida como
Tempo me mude
A verdade não ilude
Procuro que ela me ajude
Uma mente coerente e' nascente fluente
Da fonte da juventude
Dei tudo o que tinha
Mas não sabia ao que vinha
Como uma criança que caminha
Na escuridão do vale sozinha
Só minha tristeza que carrego
Em peso nos ombros
Perdi toda urna família
A inocência soterrada nos escombros
Somos tontos quando pensamos
Que só acontece aos outros
Loucos quando nos roubam
A vida aos poucos, poucos, poucos

Tu vive e sente te livre
A vontade é um poder enorme
Não deixes que o medo te transforme
Não deixes que a malícia te transtorne
Não deixes que o mínimo te conforme
Enquanto o tempo se consome
Porque o homem besta
Não dorme semeando miséria e fome
32 Primaveras nas ruas
Amizades sinceras, meu puto
É um mundo de feras
E da realidade não dá para tirar férias
Faço sérias abordagens em prol do bem comum
Putos querem saber quem e o maior?
Que se fôda o número 1
A vida não é um concurso
Ou uma corrida em pista coberta
Valorizo mais a procura
Que o número astronómico da oferta
A minha história é bem concreta
Debaixo de chuva a procura de uma aberta
Vi uma porta entreaberta
Que me levou à direcção certa
Incerta a vida que levo
Não desminto nem o nego
Como poderia ser assim tão cego
Impávido ou incrédulo?
Estas ferramentas que envergo
Cabe a mim dar lhes um bom fim
E então que seja assim, que seja assim

Nesta batalha da vida perdi
Algumas rondas passei
Algumas lombas, dias curtos noites longas
Vi corações partidos, amigos mal agradecidos
Comentários fingidos, judas em várias tribos
Julgas que não tenho ouvidos
Porque adormeço os sentidos
Porque adormeço os sentidos?
Pela dor dos que já não estão vivos
É raro sair do estúdio poucos
São os que me vêem na rua
Porque a má vida acima de tudo
Não avança só recua
Atenua um futuro risonho
Assassinato do sonho
Do que sou não me envergonho
Quando escrevo não pressuponho
A minha maior vaidade foram os amigos que fiz
O criar da minha raiz é tudo
O que preciso para ser feliz
Diz o que quiseres, o mal que puderes
Mas lembra-te que vem o dobro
De tudo aquilo que tu deres
Vive com integridade
Com paixão e humildade
Em pleno sereno como um pôr do sol
Ao fim de tarde

Letra enviada por Bmst1986

Encontrou algum erro na letra? Por favor, envie uma correção >

Compartilhe
esta música

Ouça estações relacionadas a Mundo Segundo no Vagalume.FM
ESTAÇÕES
ARTISTAS RELACIONADOS