Mr. Borges
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Sem Tempo

Mr. Borges


Vento frio bate no rosto
Mais um dia trabalhoso
Com respeito ao trabalho, valendo todo o esforço

Acorda cedo, calejada as mãos
Dor no corpo, mas com força pra completar a missão

Não tem tempo ruim, só agradeça a Deus
Por não deixar cair a vontade, sempre agradeço aos céus

outro dia nublado, e a chuva caindo
O sol ofuscado mas não ofusca o brilho
Do dia que nasceu
Não sei o que se passa na sua mente
e o que te entristeceu


Tantas vezes pensei em desistir
Quando fui cair senti que estava aqui

Segurou minha mão
Deu inspiração
Cada passo que eu dava quase sem respiração

Senti que rasgou minha alma
Eu tava assustado e Tu pedia pra eu ter calma


Perdemos a noção da vida, tu virou habito
Buscamos desinformação, vocábulo monossilábico
O fútil virou dever, não querem mais aprender
Sem vida foco na vida vazia dos artistas da Tv

Sem socializar, só nas redes sociais
Medo de sair na rua insegurança dos governamentais

Sem noção do espaço-tempo
Sem tempo para ter tempo
Sem tempo pra um momento
Sem tempo pra juramento
Sem tempo para o sustento
Sem tempo para o entendimento
(Sem tempo, sem tempo, sem tempo)


O relógio conta horas sem que possamos acompanhar
Nos perdemos contando os minutos
sem saber como somar

Vivendo de trabalhar. Sem saber aproveitar
Na cabeça o aproveitar é chegar em casa e se deitar

Sem conhecer outros lugares. Sem conhecer a si próprio
Seu reflexo de vida é se focando em outros corpos

Sem entender a realidade
Busca a materialidade
Sem saber sua verdade
Busca a melhor idade
Com má sanidade
Busca versatilidade
Sem intelectualidade
Bloqueio das faculdades

Parado no tempo achou ter tido jornada
A vida acomodada incomoda e você nunca faz nada

Fomos adestrados a ter medo de arriscar
Nos injetaram negativismo para que não fossemos tentar

Não querem que arrisquemos para que não conquistamos
pra continuarem no poder a nós apenas aceitemos

Dá até um arrepio na espinha. Notar que nós não notamos
Nossa visão limitada bloqueando onde estamos

Foco na caneta, dá tiro de escopeta
Com uma assinatura nos fazem virar colheita


Nunca entendemos
Cometemos os mesmos erros


Escrevo, leio, penso, releio
Paro pra me ouvir pra ver ser compreendo

As vezes eu sinto que é superior a mim mesmo
Cada frase que eu digo utilizo em um contexto

Sei que quase ninguém ouve, mas me pego me ouvindo
Enquanto paro pra ouvir a mim mesmo
a cada frase estou sentindo

Sei que tem, algum objetivo
O deslizar das palavras mantendo o raciocínio ativo

Composição: Simão P. Borges

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