Mr. Borges
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Esquizofrenia

Mr. Borges


Vários cash na carteira, sem carteira pra somar
Uma ideia traiçoeira e sem ideia pra rimar

Vários planejamentos ancorados ao pé do mar
Mais uma tentativa de braçada pra afundar

Parece não ter jeito, mais uma desilução
Não sei se trampo tá escasso, mas não vejo opção
Só receber vários não, mesmo tendo profissão
Parece uma provação pra ver sua reação

Parece que vou delirar, não sei como proceder
Única ideia na mente é esforçar pra não ceder
Pra você ver, a força do mal é a mente
Te tornar dependente ou um fiel excludente

Então diz pra mim, pra onde cê vai correr?
Pensar em desistir ou logo botar pra foder?
Vejo os dois lados da moeda, tentação pra tu cair
Com a geladeira vazia e os estoque pra suprir

Quando a barriga ronca, o instinto assume a bronca
Buscar uma alternativa pra ter de quitar as conta
Se o sistema faz de conta que tá lá pra nos dar voz
Quando não tem rango na mesa nunca tende a olhar por nós

Direitos humanos surge pra apoiar o meliante
Porque nunca aparecem para apoia-lo ele antes?


Chega de conversa, tá na hora de arriscar
Se não querem colaborar, puxa o cano pra arrumar
Com o cano na nuca quero ver se não tem esmola
Não vão assinar tua carteira
se teu filho não tem escola

Não vai adiantar chorar, com tua retina cortada
Sem as cordas vocais não há voz pra ser escutada
Seu ar de superioridade não é palho pra navalha
Quando o chicote estalar não há grana que nos separa

Cê sabe que cê não deve, cadê os valores morais?
Todos ensinamentos que vieram dos seus pais?
Dificuldade vem pra todos, vire ao redor pra ver
Não vá jogar a moral fora só por medo de perder

Moral de onde e de que, se ninguém o respeita?
Com a carteira vazia, e sem comida pra receita

Tudo teu seu tempo, com o tempo as coisa ajeita
É só não se entregar pra essa voz que o atormenta

Se tudo se ajeita então porque cê tá na merda?
Ninguém para pra te atender, nunca uma porta aberta

Se não tem porta aberta, usa escada pra subir
É exatamente isso, com a adaga abrir
Chega de violência, isso não resolve nada
Não resolve pra quem se o extorquem na sua cara?

O estado não te defende, não querem colaborar
Usam todo seu dinheiro, e te dão ração militar
Te deixam esperançoso e nunca vai melhorar
Eles cheios de regalias e te deixam a penar

Então qual a alternativa?
Mudar a narrativa
Nos tratam como gangue
Que tal desarmar eles e os afogar no próprio sangue?

Tá tão confuso pra mim, acho que vou enlouquecer
Parece que buscar o certo não dá certo pra viver
Essa voz internalizada me confundi no agir
Eu achava compreender tudo, mas parece não suprir

Mulheres, drogas, armas, carros, tudo deturpado
Será que o que eu achava está completamente errado?
Não consigo compreender, parece que vou surtar
Sensação de overdose, não consigo respirar

Parece que compreendi que compreender não é o objetivo
Que essa ganancia cega é um erro no algoritmo
Cada um vive pra si, independente da trapaça
E quando você compreende os calam com uma mordaça

Só sabem do próprio rabo e os induzem a perdição
Se não se deixar levar, perece sem compaixão
Então como proceder? ignorar o que acredita?
Ou combater o mal e manter a cabeça erguida?

Quanto mais eu penso mais dúvidas surge em mim
Como se o som parece antes mesmo do fim

Composição: Simão P. Borges

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