Monttenegro & Boiadeiro

Tordilho Negro

Monttenegro & Boiadeiro


Correu notĂ­cia de um gaĂșcho,
LĂĄ na estĂąncia do paredĂŁo
Tinha um cavalo, tordilho negro
Foi mal domado e ficou redomĂŁo
Esse gaĂșcho dono do pingo,
Desafiava qualquer peĂŁo
Dava o tordilho negro de presente
Pra quem montasse sem cair no chĂŁo
Eu fui criado na lida de campo
Não acredito em assombração
Fui na estĂąncia topa o desafio
Correu boato na população.

Era um domingo, clareava o dia
Puxei o pingo e o povo reuniu
Botei os trastes no lombo do taura
Murchou a orelha, tive um arrepio
Botei a ponta da bota no estribo
Algum gaiato por perto sorriu
Ainda disseram comigo era oito
Que boleou a perna montou e caiu
Saltei no lombo e gritei pra o povo
Este serĂĄ o Ășltimo desafio
Tordilho negro berrava na espora
Por vinte horas ninguém mais nos viu.

Mais de uma légua o pingo corcoveou
Manchou de sangue a espora prateada
Anoiteceu e o povo pelo campo
Procurava o morto pela invernada
Compraram velas fizeram caixĂŁo
A minha alma estava encomendada
A meia-noite mais de mil pessoas
Deixaram da busca descorçoadas
Dali a pouco ouviram um tropel
Olharam campo noite enluarada
Eu vinha vindo no Tordilho Negro
Feliz, saboreando uma marcha troteada

Bolhei a perna na frente do povo
Deixei a rédea arrastar no capim
Banhado em suor o tordilho negro
Ficou pastando ao redor de mim
Tinha uma prenda no meio do povo
Muito gaĂșcha eu falei assim
Venha provar a marcha do Tordilho
Faça o favor monte no silim
Andou no pingo mias de meia hora
Trouxe uma rosa lĂĄ do seu jardim
Levei pra casa meu tordilho negro
É mais uma história que chega no fim.


By
Andressa Rodrigues

Composição: Teixerinha

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